Mercados

Ibovespa tem 3º mês negativo e investidor ainda vê horizonte nebuloso

30 set 2021, 17:13 - atualizado em 30 set 2021, 18:32
Ibovespa
O giro financeiro do dia foi de 35,5 bilhões de reais  (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A bolsa brasileira reverteu na última hora e fechou em baixa nesta quinta-feira, estendendo as perdas em setembro, o terceiro mês seguido no vermelho, com agentes ainda pessimistas para o médio prazo, diante da deterioração dos cenários para inflação e crescimento no Brasil e no exterior.

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Principal índice acionário do país, o Ibovespa (IBOV) teve baixa de 0,11%, aos 110.979,10 pontos, fechando o mês com perda acumulada de 6,57%. Desde o início de julho, a desvalorização já chega a 12,48%. O giro financeiro do dia foi de 35,5 bilhões de reais.

Segundo profissionais do mercado, o comportamento do índice ilustrou o horizonte dos investidores para os próximos meses, com correção nas ações de empresas de alto crescimento, mais atingidas pelo ciclo de aperto monetário no Brasil e no mundo, e recuperação em setores de commodities.

Para o analista da Toro Investimentos João Vitor Freitas, além de alta de juro pelo mundo para conter a inflação, afetando a atividade econômica ainda frágil, os negócios no médio prazo ainda devem refletir o temor com crises de energia na China e na Europa, e o fim do programa de compra de títulos nos EUA.

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“No caso de Brasil, há ainda ruído em relação ao quadro fiscal”, disse Freitas. Economistas têm citado o risco crescente de que o governo Bolsonaro adote medidas populistas à medida que o país se aproxima das eleições presidenciais em 2022.

Nesse contexto, o BTG Pactual citou em nota que o ciclo de alta de juro pode fazer o fluxo de recursos novos para ações no país cair a um nível mais baixo do que se tem visto desde 2016.

O sentimento predominantemente negativo se mostrou nesta sessão, uma vez que dados de desemprego melhores do que o esperado no Brasil referentes a julho foram insuficientes para sustentar o índice no azul. Ações ligadas a consumo e ao setor imobiliário estiveram entre os destaques de baixa

Destaques

Petrorio (PRIO3) deu um salto de 9,5%. A companhia disputa em consórcio a compra do campo de Albacora, colocado à venda pela Petrobras (PETR4), que caiu 0,58%.

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O Credit Suisse disse em nota que a vitória da PetroRio na disputa seria transformacional para a companhia.

Vale (VALE3) subiu 0,58%, no encalço da alta da cotação do minério de ferro na China à máxima de três semanas. No setor de metais, Usiminas (USIM5) ganhou 2,7%, enquanto Csn (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) tiveram elevação de 3,05% e 3,95%, respectivamente.

Locaweb (LSAW3) ganhou 4,9%, sublinhando recuperação de algumas ações em empresas de tecnologia e de comércio eletrônico que vinham sendo severamente castigadas.

Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,9% e Totvs (TOTS3) teve avanço de 1,75%.

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Na ponta contrária, Banco Inter (BIDI11) seguiu a derrocada das últimas semanas e caiu mais 7,3%, com investidores se desfazendo de papéis de empresas baseadas em alto crescimento e que devem ser mais afetadas pelo ciclo de alta dos juros.

Méliuz (CASH3) tombou 3,8%.

Cvc (CVCB3) perdeu 3,9%, com o investidor também vendendo ações ligadas a turismo e aviação, após uma breve recuperação.

Embraer (EMBR3) declinou 1,9%, Azul (AZUL4) teve baixa de 1,7% e Gol (GOLL4) retrocedeu 0,9%.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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