Mercados

Ibovespa rompe barreiras: O que explica disparada de mais de 2%? Analista crava novo patamar

14 nov 2023, 13:01 - atualizado em 14 nov 2023, 13:07
Ibovespa
Ibovespa pega carona com índices americanos; analista crava novo patamar (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa volta a surpreender e dispara 2% nesta terça-feira, superando os 123 mil pontos e renovando as máximas do ano. Bastaram cinco sessões para que o índice saltasse 3,13%. Além disso, em onze pregões, a Bolsa ganhou nada menos que 10 mil pontos.

De acordo com analistas, o grande gatilho para a onda compradora foi a perspectiva de menos juros nos Estados Unidos. Mais cedo, dados da inflação reforçaram a visão de que os EUA caminham para o fim do ciclo de aperto monetário.

Segundo os dados do monitor CME FedWatch Tool, 94,8% do mercado projeta a manutenção no patamar de 5,25%-5,50%. Até hoje cedo, esse grupo era de 85,5%.

“Os investidores, mais uma vez, apostam contra o Federal Reserve nos Estados Unidos. A gente já tinha observado alívio nas taxas norte-americanas. Lembrando que a taxa de juros é o que realmente move o mercado. Tínhamos observado um ponto de inflexão nas últimas duas semanas”, explica Victor Benndorf, da corretora que leva o seu sobrenome.

Isso leva as taxas de rendimento dos títulos americanos caírem, o que também traz alívio à curva de juros aqui no Brasil. “A correlação entre os juros lá fora e com o brasileiro tem sido alta, então isso colaborou para a queda dos juros aqui”, lembra o analista.

Nos EUA, os principais índices de Wall Street abriram em forte alta. Nasdaq disparava 2,32%, S&P 500 1,98% e Dow Jones 1,48%.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, observa que fica cada vez mais claro que não veremos mais altas lá fora. “Aqui já estamos em patamares bastante descontados, então qualquer revisão ali na curva de juros faz a bolsa local andar bastante”, completamente.

Benndorf lembra ainda que o Brasil conta com um macroeconômico favorável, com a inflação caminhando para a meta, PIB crescente e reformas sendo aprovadas.

“Temos um cenário benigno. A queda dos juros é o catalizador principal para o mercado local. Resultados corporativos não foram uma sangria desatada, ou seja, não foi um drive de risco. Se passar dos 122 mil pontos, a gente projeta 130 mil pontos”, conclui.

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Ibovespa: Gringos compram

Na última sexta-feira (10), dado mais recente divulgado, os investidores estrangeiros compraram R$ 1 milhão na B3. Mesmo com uma leve saída no dia anterior, isso não foi o suficiente para desanimar os gringos que se empolgaram com Ibovespa batendo os 120 mil pontos.

O saldo do mês está em R$ 4,6 bilhões, o melhor desde julho. No ano, são R$ 10,7 bilhões positivos. 

O maior apetite ao risco dos gringos está relacionado a alguns fatores externos importantes, como a manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos e no restante dos países desenvolvidos nas últimas reuniões.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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