Bula do Mercado

Ibovespa: Será que o CPI nos EUA faz hoje o mesmo que o IPCA fez ontem?

12 abr 2023, 8:03 - atualizado em 12 abr 2023, 8:03
Ibovespa aguarda hoje dados da inflação ao consumidor nos EUA (CPI) e põe à prova rali da véspera após dados do IPCA (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) e o dólar se empolgaram ontem (11) com o resultado do IPCA. A bolsa brasileira disparou 5 mil pontos e o dólar testou a marca de R$ 5,00. O movimento refletiu o os dados da inflação oficial, que voltou a ficar dentro da meta pela primeira vez desde o início de 2021, dando sinais de que a taxa Selic em 13,75% está com os dias contados. 

Afinal, está cada vez mais difícil para o Banco Central encontrar argumentos para manter os juros básicos em níveis tão elevados. Os menos otimistas acham que os cortes vêm só a partir de agosto. Mas há quem diga que o sinal do Comitê de Política Monetária (Copom) virá já em maio, indicando um início da queda da Selic em junho.  

Agora, resta saber se o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) irá provocar a mesma animação nos mercados globais. A depender do resultado, os números podem ampliar as apostas de pausa no ciclo de aperto pelo Federal Reserve já no mês que vem. Ou, no máximo, corroborar a expectativa ainda majoritária de um aumento residual de 0,25 ponto porcentual (pp).     

Ibovespa põe rali à prova

A previsão é de uma redução na taxa anual  do CPI para 5,2%, dos atuais 6%. Se confirmada, será a maior desaceleração da inflação nos EUA desde agosto de 2021. No entanto, o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, pode vir acima do “índice cheio” – o que não acontece desde janeiro daquele mesmo ano.

Esse comportamento “invertido” tende a deixar o cenário mais confuso para o Fed, mantendo os investidores divididos quanto aos próximos passos. Por ora, os ativos de risco lá fora abrem o dia em tom levemente positivo. Mas o CPI dos EUA põe à prova o rali da véspera nos mercados domésticos e ainda há dúvida se irá fazer hoje o mesmo que o IPCA fez ontem. A conferir.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h55:

EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,26%; o do S&P 500 tinha alta de 0,18% e o Nasdaq oscilava em alta de 0,02%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) estava estável no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale caíam 0,73%, enquanto os da Petrobras avançavam 0,52%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,67%; a bolsa de Frankfurt crescia 0,31%, a de Paris ganhava 0,44% e a de Londres subia 0,63%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,57%, enquanto na China, a Bolsa de Hong Kong cedeu 0,86%, mas a de Xangai avançou 0,41%;

Câmbio: o índice DXY tinha baixa de 0,16%, 102.05 pontos; o euro subia 0,16%, a US$ 1,0931; a libra tinha leve baixa de 0,05%, a US$ 1,2418; o dólar tinha leve baixa de 0,03% ante o iene, a 133,66 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,454%, de 3,428% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,062%, de 4,025% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,26%, a US$ 2.024,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI oscilava em baixa de 0,02%, a US$ 81,51 o barril; o do petróleo Brent oscilava com +0,07%, a US$ 85,67 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em alta de 0,95% em Dalian (China), a 793,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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