Mercados

Ibovespa: Varejistas podem disparar com fim do ciclo de alta dos juros?

21 set 2022, 20:24 - atualizado em 21 set 2022, 20:31
Em sua visão, não dá para afirmar que teremos altas consistentes no setor (Imagem: REUTERS/Eduardo Munoz)

As varejistas podem ser uma das maiores beneficiadas com o fim do ciclo dos juros, afirma Bruno Viotto, economista e sócio da Acqua Vero Investimentos.

Em sua visão, não é possível afirmar que teremos altas consistentes no setor, “mas agora o cenário muda para o varejo, que é muito afetado quando os juros estão alto”.

“Por fim, o encerramento do ciclo altista de juros traz para a bolsa de valores uma certa atratividade para o investidor que quer alocar na renda variável”, completa.

Nessa sessão, o investidor já pode sentir o gostinho desse movimento, com os papéis de Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) disparando.

“De maneira geral, os mercados oscilaram muito hoje com a decisão do Fomc e do Copom. A Selic veio de acordo com o esperado, ficou em 13,75% por conta da inflação que vem arrefecendo”, coloca.

Por outro lado…

Apesar disso, pode pesar contra as varejistas o fato de que a taxa de juros permanecerá por muito tempo nesse patamar.

Para Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, a barra para uma alta adicional em 2023 é elevada, e a estratégia do BC foi de trazer uma mensagem dura para evitar que a curva de juros passe a antecipar um corte prematuro da taxa no começo do próximo ano.

“Esperamos que os juros fiquem parados até meados do ano e que finalize 2023 em cerca de 11,0%”, coloca.

Questionada como os mercados podem reagir na sessão da próxima quinta-feira (22), Débora diz que é difícil saber, já que se por um lado alta de 0,25 ponto não veio, “mas por outro, o BC deu sinais de que pode voltar a subir os juros nas próximas reuniões”.

Segundo João Savignon, da Kínitro Capital, a decisão veio em linha com o cenário e o amplo consenso de mercado, sendo considerada neutra.

“No entanto, destacamos a dissidência na votação e o trecho em que o Comitê destaca que não hesitará em retomar o ciclo de elevação dos juros caso o processo de desinflação não ocorra como esperado. Esses são elementos que podem ser considerados mais “hawkish” (ou duros) no comunicado”, coloca.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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