Mercados

Por que Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) dispararam no Ibovespa?

21 set 2022, 17:35 - atualizado em 21 set 2022, 17:54
Magazine Luiza varejistas
A queda ocorre em meio a um alívio na curva dos juros futuro (Imagem: Reprodução/Magazine Luiza/ Via)

Os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) dispararam na sessão desta quarta-feira, sobretudo, após o Federal Reserve elevar os juros americanos.

Além disso, os mercados aguardam o Copom, que decidirá o futuro dos juros aqui no Brasil.

Magazine fechou em alta de 6,50%, a R$ 4,75, e Via em elevação de 5,02%, liderando o Ibovespa, que caiu 0,52%.

A disparada ocorre em meio a um alívio na curva dos juros futuro. Os títulos com vencimentos em 2026 caiam 0,215%, por volta das 16h30, numa sinalização de que a inflação possa estar mais controlada.

Nos Estados Unidos, a alta de 0,75 ponto percentual ficou dentro do esperado, o que pode ser considerada boa notícia, já que alguns economistas falavam em elevação de 1 ponto percentual.

Aqui no Brasil, a expectativa é de que a taxa permaneça em 13,75% ou suba, no máximo, 0,25%, indo a 14%.

Lucas Ribeiro, da gestora Kínitro, explica que, nesse momento, o que está fazendo preço é o macroeconômico, mais do que micro. Ou seja, os investidores estão olhando muito mais os índices econômicos do que a empresa em si.

Para Vicente Guimarães, da VG Research, a situação econômica mudou nos últimos dois meses, com melhoria nos indicadores de inflação, com dados recentes indicando deflação (inflação negativa) já nos primeiros meses do segundo semestre.

“O mercado que até então não sabia até onde iria a alta dos juros, começou a apostar em quedas de juros nos próximos meses e anos. Com isso os investidores ficaram animados e voltaram sua atenção para as empresas varejistas novamente que estavam realmente muito descontadas”, argumenta.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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