Mercados

Ibovespa volta a ficar acima de 80 mil pontos com respaldo do exterior

08 maio 2020, 12:32 - atualizado em 08 maio 2020, 12:32
Ibovespa
O apetite a risco se apoia em sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China (Imagem: Reuters/Rahel Patrasso)

O mercado acionário brasileiro adotava um viés positivo nesta sexta-feira, após uma semana mais negativa, ensaiando uma recuperação com a ajuda do cenário favorável a ativos de risco no exterior, mas sem tirar a safra de balanços no país do radar, bem como o ambiente político local ainda complicado.

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Às 12:31, o Ibovespa (IBOV) subia 2,59%, a 80.146,76 pontos. O volume financeiro era de 7,52 bilhões de reais.

Até a véspera, o Ibovespa acumulava na primeira semana de maio queda de quase 3%.

Na visão da equipe da Ágora Investimentos, o apetite a risco se apoia em sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China em meio à pandemia do novo coronavírus, coforme nota a clientes mais cedo.

Os principais representantes comerciais de EUA e China discutiram a Fase 1 de seu acordo comercial nesta sexta-feira, e o país asiático disse que concorda em melhorar a atmosfera para sua implementação, enquanto os EUA disseram que os dois lados esperam que as obrigações sejam cumpridas.

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Nos EUA, dados mostraram que economia norte-americana perdeu impressionantes 20,5 milhões de postos de trabalho em abril, a queda mais acentuada no emprego desde a Grande Depressão, mas abaixo dos 22 milhões esperados no mercado.

Os principais representantes comerciais de EUA e China discutiram a Fase 1 de seu acordo comercial nesta sexta-feira (Imagem: Reuters/Jason Lee)

Em Wall Street, o S&P 500 tinha alta de 1%.

No Brasil, a temporada de balanços destacava os números de Natura &Co e Yduqs, entre outras notícias corporativas, como anúncio da Via Varejo de que avalia a possibilidade de uma oferta de ações.

A equipe do BTG Pactual também destacou que a parte política continua sendo uma das maiores preocupações, uma vez que impacta na programação de reformas, nos ajustes fiscais necessários e por último o programa de e privatizações, conforme nota enviada a clientes pela área de gestão do banco.

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“Quanto à bolsa, … estamos em um processo de acumulação do Ibovespa entre 76.000 a 80.000 pontos. Continuamos realizando revisões em nossa grade de projeções, à medidas que são publicados os balanços trimestrais, porém os ajustes estão mais intensos e continuamos cortando as nossas estimativas de lucro para 2020 e 2021 em média 35% este ano.”

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Destaques

Petrobras impulsiona alta do Ibovespa (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

– PETROBRAS (PETR4) avançavam 3,9% e 4,2%, respectivamente, entre as maiores altas do Ibovespa, tendo de pano de fundo alta dos preços do petróleo no exterior. Analistas do Bradesco BBI elevaram a recomendação dos papéis para ‘outperform’, bem como o preço-alvo das preferenciais para 29 reais, de 18,50 reais anteriormente.

– YDUQS (YDUQ3) mostrava acréscimo de 2,8%. O grupo de educação reportou na quinta-feira queda de 30,3% no lucro líquido do primeiro trimestre, a 167,9 milhões de reais, afetado entre outros fatores por aumento despesas principalmente por medidas relacionados ao Covid-19. Nesta sexta-feira, afirmou esperar sinergias maiores que as previstas com aquisição de Adtalem.

– VIA VAREJO (VVAR3) recuava 7,5%, após afirmar nesta sexta-feira que está avaliando a possibilidade de lançamento de uma oferta subsequente primária de ações, mas que não há nesta data decisão quanto ao lançamento, bem como de seus eventuais termos. O setor como um todo recuava, com B2W ON, que divulgou balanço na véspera, em baixa de 2,6%.

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– QUALICORP (QUAL3) perdia 2,5%, após reportar queda no lucro do primeiro trimestre, em resultado pressionado por despesas extraordinárias, incluindo um pagamento de 42 milhões de reais ligada à rescisão de um executivo.

– NATURA (NTCO3) cedia 2,2%, tendo no radar balanço do primeiro trimestre, com prejuízo líquido de 820,8 milhões de reais, mas também anúncio de que o conselho de administração aprovou aumento de capital de até 2 bilhões de reais a 32 reais por ação.

A fabricante de cosméticos disse nesta sexta-feira ver alguma recuperação na Ásia e Europa com reabertura gradual, enquanto a América Latina ainda sofre.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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