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Ibovespa vs. small caps: De olho em Campos Neto e companhia, analistas dizem o que está mais atrativo; confira 19 recomendações

07 jan 2024, 16:00 - atualizado em 07 jan 2024, 9:10
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Ibovespa ou small caps: Analistas falam onde existe mais potencial agora (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A primeira semana de 2024 veio com um movimento de realização de lucros para o mercado de ações, após a forte valorização no último ano.

O Ibovespa, que avançou mais de 20% em 2023, chegando às máximas históricas, acumulou uma queda de 1,61% nesses quatro pregões mais recentes.

Analistas técnicos do PagBank apontam que o rali de novembro e dezembro começa a mostrar sinais de “esgotamento”, com espaço para potenciais correções à frente, tendo o próximo alvo nos 125 mil pontos.

“Por enquanto o índice encontra suporte na região dos 131.000 [pontos], antiga resistência (topo histórico) superada”, sugere a análise.

Ibovespa rumo aos 160.000 pontos

Apesar da aparente perda de fôlego do Ibovespa, as expectativas do mercado para o índice ainda são de mais um ano de ganhos. Para o time de research do Santander, o Ibovespa tem gás para chegar aos 160.000 pontos até o fim de 2024, considerando:

  • manutenção do ciclo de flexibilização pelo Banco Central, com a taxa Selic chegando a 9,5% até o fim do ano;
  • maior probabilidade de um “soft landing” na economia dos Estados Unidos, o que deve levar o Federal Reserve (Fed) a cortar as taxas no segundo semestre de 2024;
  • valuations ainda atrativos (IBOV negociado a 8 vezes P/L (Preço/Lucro) à frente); e
  • que o pior momento para crescimento do LPA (Lucro Por Ação) passou, com uma recuperação esperada de até 15% em 2024.

No entanto, analistas destacam que o ciclo de corte de juros coloca outro índice no radar do mercado – um, inclusive, que conseguiu superar o Ibovespa em 2023.

IBOV vs. SMLL

Historicamente, o Índice Small Cap (SMLL) registra melhor desempenho que o Ibovespa (em ~23 pontos percentuais) 12 meses após o primeiro corte de juros, levanta o Santander, ao analisar os últimos nove ciclos de flexibilização monetária no Brasil.

Segundo o banco, isso acontece porque:

  • o SMLL sempre teve grande peso de nomes domésticos (atualmente, formam ~78%);
  • nomes do setor imobiliário, do varejo e de consumo costumam se destacar positivamente nesses ciclos;
  • as small caps tendem a apresentar performance superior em risco nesses ciclos; e
  • investidores de varejo amam small caps (há expectativa de aumento de fluxo desse perfil de investidores assim que a Selic cair a um dígito).

Para completar, o Santander destaca que o Índice Small Cap é negociado a valuations atrativos de 9,6 vezes P/L, ante 14,2 vezes a média de 15 anos.

“Comparando o valuation do SMLL com os yields reais brasileiros de 10 anos, o índice é negociado abaixo do valuation mínimo de 15 anos para o mesmo nível dos yields reais”, comenta o Santander.

Segundo a Genial Investimentos, empresas de menor capitalização apresentam uma assimetria mais positiva para investimentos do que as empresas de maior capitalização no momento atual.

“Para investidores buscando oportunidades de crescimento, as small caps podem oferecer alternativas mais atrativas, dada a maior margem para valorização em comparação com as ações de grandes empresas no atual contexto do mercado”, reforça a corretora.

Apostas em small caps para janeiro

Tanto o Santander quanto a Genial divulgaram suas carteiras recomendadas mensais de small caps para janeiro.

No portfólio do Santander, houve uma troca de ações, marcando a entrada de Marcopolo (POMO4). O banco explica que, mesmo após o salto de 165% em 2023, a tese da companhia segue atrativa devido aos seguintes fatores:

  • potencial de alta de lucros, ajudado pelo forte mix de ônibus rodoviários de longo curso;
  • potencial recuperação das vendas de ônibus no Brasil nos próximos anos;
  • forte posicionamento no mercado brasileiro e diversificada exposição geográfica; e
  • desconto de ~35% no múltiplo EV/Ebitda (Valor da Empresa/Ebitda) para 2024 quando comparado com o histórico de negociação (5,6 vezes vs. 8,7 vezes).
Empresa Ticker Peso
Ânima Educação ANIM3 6%
Direcional DIRR3 9%
Embraer EMBR3 10%
Grupo GPS GGPS3 9%
Grupo Soma SOMA3 9%
Iguatemi IGTI11 10%
Marcopolo POMO4 9%
Oncoclínicas ONCO3 9%
PetroReconcavo RECV3 9%
Santos Brasil STBP3 10%
Smart Fit SMFT3 10%

Enquanto isso, na carteira da Genial, três ações foram trocadas. Entraram Dexco (DXCO3), Mater Dei (MATD3) e MRV (MRVE3).

Empresa Ticker Peso
Dexco DXCO3 12,50%
Mater Dei MATD3 12,50%
MRV MRVE3 12,50%
Azul AZUL4 12,50%
Movida MOVI3 12,50%
Irani RANI3 12,50%
Simpar SIMH3 12,50%
Yduqs YDUQ3 12,50%

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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