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ICM e brasileira Impacto Energia construirão biorrefinaria de etanol de milho na Bahia

08 ago 2022, 14:34 - atualizado em 08 ago 2022, 14:34
Milho
A planta greenfield terá capacidade de moer diariamente 1.700 toneladas de milho, produzindo 260 milhões de litros de etanol anidro por ano e recuperando 9.000 toneladas de óleo de milho (Imagem: REUTERS/Dane Rhys/File Photo)

A norte-americana ICM e a brasileira Impacto Energia informaram nesta segunda-feira que assinaram um contrato para a construção da primeira biorrefinaria de etanol de milho com moagem a seco da Bahia.

A planta greenfield terá capacidade de moer diariamente 1.700 toneladas de milho, produzindo 260 milhões de litros de etanol anidro por ano e recuperando 9.000 toneladas de óleo de milho.

A unidade contará com equipamentos e tecnologia fornecidos pela ICM e será operada pela produtora de biocombustíveis e bioquímicos Impacto Bioenergia, um braço da Impacto Energia.

A previsão é que a operação comece no primeiro trimestre de 2025. As empresas não divulgaram o valor dos investimentos em função de um acordo de confidencialidade.

Hoje, a Impacto Bioenergia possui e opera uma usina de etanol de cana-de-açúcar no Nordeste, no Alagoas. A nova unidade baiana será a primeira a processar exclusivamente milho.

Segundo as empresas, a refinaria também vai recombinar componentes de farelos em 185.000 toneladas de DDGS padrão (grãos secos de destilaria com solúveis).

“Este projeto trará muitas oportunidades para o agronegócio na região, e acreditamos que é apenas o começo. Já estamos de olho em uma futura expansão”, disse o CEO da Impacto, Emilio Rietmann, em nota.

As empresas disseram, em nota, que o fato de o Brasil ter duas safras permite que as biorrefinarias de milho operem o ano inteiro, maximizando o tempo de operação e os lucros do negócio.

“Estamos entusiasmados em sermos os primeiros a utilizar o processo de etanol de milho no estado da Bahia”, disse em nota o presidente da ENESA Investimentos, acionista majoritária da Impacto Energia, Hermes Eduardo Moreira Filho.

Segundo os dados mais recentes da reguladora ANP, de janeiro a maio deste ano 91,3% de toda a matéria-prima usada na produção de etanol no Brasil veio da cana-de-açúcar, enquanto apenas 8,7% foi referente a outros insumos. Desse grupo, 55,64% do que foi produzido veio do milho.

Em junho, a BSBios, maior produtora de biodiesel do Brasil, anunciou a assinatura de um protocolo de intenções junto com o governo do Rio Grande do Sul para investir 316 milhões de reais em uma usina produtora de etanol, no Estado, a partir de cereais como milho, trigo, triticale, arroz e sorgo.

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