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Imóveis: venda de unidades novas pode cair até 17% em 2022 em São Paulo

15 fev 2022, 18:28 - atualizado em 15 fev 2022, 20:58
Prédios Imóveis São Paulo Mercado Imobiliário
“A cada aumento na taxa de financiamento imobiliário famílias perdem a possibilidade de adquirir um imóvel”, enfatiza Petrucci (Imagem: USP Imagens/Marcos Santos)

O mercado imobiliário residencial da capital paulista encerrou 2021 com 81,8 mil imóveis lançados e 66 mil vendidos, aponta balanço anual do Secovi-SP (Sindicato de Habitação de São Paulo). Os números representam avanço de 36% e 29%, respectivamente, em relação a 2020.

As projeções do Sindicato para este ano, no entanto, indicam que o setor deve encolher entre 14% e 21% no número de lançamentos. Em relação às vendas, a redução deve ser entre 9% e 17%.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, explica que o ano passado foi marcado por um aumento real no valor do imóvel e que a alta na taxa de juros do financiamento imobiliário será um grande desafio para 2022.

“A cada aumento na taxa de financiamento imobiliário famílias perdem a possibilidade de adquirir um imóvel”, enfatiza Petrucci.

Casa Verde e Amarela

De acordo com o Secovi, os imóveis econômicos, enquadrados nos parâmetros do Programa Casa Verde e Amarela, responderam por 51% das vendas totais na cidade. Os destaques foram os imóveis de 2 dormitórios, com área útil entre 30 m² e 45 m².

Das novas unidades de 2021, 44% foram imóveis econômicos (35,7 mil), enquadrados no programa Casa Verde e Amarela. Imóveis de médio e alto padrão responderam por 34% dos lançamentos, com 27,7 mil unidades, dos quais 22% de 1 dormitório.

A Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP registrou também o crescimento de unidades lançadas sem vaga de garagem. Esse tipo de imóvel representou 63% do total lançado.

Ano Lançamentos Vendas
Unidades Variação (%) Unidades Variação (%)
2019 65.312 76% 49.224 64%
2020 59.978 -8% 51.417 4%
2021 81.841 36% 66.092 29%
2022* 70.000 -14% 60000 -9%

Fonte: Secovi-SP
*Projeção do Secovi-SP para 2020 considerando o necessário mais otimista.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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