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Impacto ambiental: mineração de criptomoedas vs. algoritmo de consenso

30 ago 2020, 11:00 - atualizado em 26 ago 2020, 11:25
Conforme a adesão aumenta, líderes da indústria precisarão se mobilizar rapidamente para implementar as melhores práticas e tecnologia que reduzam o consumo de energia para certificar o nosso futuro (Imagem: Freepik)

Em uma publicação no blog de Insights da Ripple, o CTO David Schwartz discute sobre o grande impacto ambiental da indústria cripto.

Grande parte das moedas utilizadas hoje — sejam elas físicas, como cédulas e moedas, ou criptoativos — não são ecologicamente corretas. Assim, o impacto a longo prazo da produção dessas moedas terá grandes consequências para nosso planeta.

Assim, Schwartz analisa dois principais mecanismos da implementação de criptoativos — mineração proof-of-work e consenso — e avalia o impacto ambiental de cada um. 

Conforme a adesão aumenta, líderes da indústria precisarão se mobilizar rapidamente para implementar as melhores práticas e tecnologia que reduzam o consumo de energia para certificar o nosso futuro.

O algoritmo proof-of-work é o algoritmo que serve de alicerce para a rede Bitcoin, essencial para validar transações em seu blockchain e para criar e distribuir com novas moedas.

Esse mecanismo requer a mineração, um processo que consome bastante energia, pois mineradores competem entre si para solucionar um quebra-cabeça complexo com o uso de grande poder computacional.

Em média, um dispositivo com chip ASICs (circuitos integrados de aplicação específica) criado apenas para mineração tem um custo ambiental de US$ 1,5 mil por ano, enquanto um minerador de alta performance pode custar até US$ 6 mil.

Um estudo realizado em 2018 afirma que centenas de milhares de computadores que funcionam 24 horas por dia para minerar bitcoin são equivalentes ao consumo anual de energia da Irlanda.

O consumo de energia para mineração
da rede Bitcoin é equivalente a sete usinas nucleares

“Consenso” é um procedimento que permite um acordo mútuo em transações executadas. Assim, existe um problema de gasto duplo (transações nos blockchains devem ser individuais).

Assim, Schwartz defende o lado do XRP Ledger (XRPL), um registro que confirma transações por meio de um mecanismo único de consenso que não consome tanta energia, já que não passa pelo processo de mineração, pois todas as unidades do criptoativo XRP já foram emitidas.

Um milhão de transações de XRP poderiam alimentar lâmpadas durante 79 mil horas, enquanto um milhão de transações de bitcoin poderiam alimentar lâmpadas durante 4,51 bilhões de horas. Assim, o consumo de energia de XRP é 57 mil vezes mais eficiente.

Schwartz conclui que o consumo de energia é um efeito colateral crítico do blockchain e é um tópico que precisa ser bem debatido conforme o uso dessa nova tecnologia se amplia no sistema financeiro global.

Clique aqui para entender se a mineração de bitcoin é sustentável, confira cinco fatos interessantes sobre mineração e se é uma atividade rentável.

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