Salários

“Impacto de R$ 30 bilhões”: Prefeitos alertam para o risco fiscal embutido no reajuste dos professores

04 fev 2022, 14:11 - atualizado em 04 fev 2022, 16:15
Presidente Jair Bolsonaro
(Imagem: REUTERS/ Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta sexta-feira (4) o reajuste do novo piso salarial dos professores do magistério, os profissionais da educação básica na rede pública do país. O valor passará de R$ 2.886 para R$ 3.845,63.

A decisão do governo se baseou no aumento da arrecadação do ICMS, imposto estadual, como previa a lei inicial do piso. Contudo, desde que foi anunciado, no dia 27 de janeiro, os gestores municipais se manifestaram contrários ao aumento, destacando que a decisão coloca os entes locais em uma “difícil situação fiscal”.

Em nota divulgada ainda hoje, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) afirmou que o anúncio “reforça a falta de planejamento e comunicação dentro do próprio governo, bem como demonstra que a União não respeita a gestão pública no país”.

A entidade ainda calcula que com o reajuste anunciado, os municípios brasileiros terão um impacto de R$ 30,46 bilhões.

Para arcar com o aumento, cerca de 90% dos recursos do Fundeb seriam utilizados para cobrir gastos com pessoal. A CNM destaca que a portaria, desta forma, não tem base legal e vai seguir “acompanhando a discussão no âmbito jurídico”.

Confira a nota do CNM na íntegra:

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) também se manifestou por meio de sua página oficial do Twitter, dizendo que “é uma temeridade aplicar o reajuste do piso do magistério fundamentado em uma portaria, como anunciado pelo governo federal” e que “prefeitas e prefeitos só tomarão decisões juridicamente seguras e fiscalmente sustentáveis”.

Na tarde de quinta-feira (3), governadores do país se reuniram para discutir alguns temas: dentre eles, o aumento salarial dos professores.

Ao final da reunião, ficou decidido que os chefes dos Executivos estaduais e distrital “aprofundariam a discussão técnica da matéria” com outros interlocutores, sobretudo junto ao Consed e Comsefaz.

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Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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