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Importação de trigo do Brasil no 1º semestre atinge menor nível desde 1997; o que explica?

05 jul 2023, 11:07 - atualizado em 05 jul 2023, 11:07
Trigo
Na safra 23/24, a Safras projeta um ciclo em 12,55 mi de toneladas; Brasil esta na 8ª colocação entre os principais importadores de trigo (Imagem: Pixabay)

As importações de trigo do Brasil caíram no acumulado de 2023. Entre janeiro e junho, o volume estimado é de 2,152 milhões de toneladas do grão, recuando de 32,64% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trata-se do menor volume importado do país desde 1997, há 26 anos.

Em 2022, o Brasil produziu sua maior safra da história para o cereal, totalizando 11,285 milhões de toneladas de grãos de acordo com a Safras & Mercado.

Dessa forma, nos últimos 5 anos, a produção brasileira cresceu cerca de 76%, com o Brasil na 8ª colocação global entre os principais importadores do cereal. Na safra 2023/2024, a consultoria projeta um ciclo em 12,55 milhões de toneladas.

O que explica a queda nas importações de trigo?

Na visão de Elcio Bento, analista do cereal na Safras, são dois os fatores que explicam a queda no volume importado pelo Brasil nos seis primeiros meses do ano.

“Tivemos uma safra recorde, com destaque para o Rio Grande do Sul que teve um excedente produtivo de 500 mil toneladas, o que permitiu o abastecimento do Nordeste sem a necessidade de importarmos novos volumes. Assim, o Paraná, estado que também importa bastante trigo, pôde optar por comprar do estado gaúcho”, diz.

O segundo ponto que explica essa menor importação de trigo fica por conta dos nossos vizinhos.

“A Argentina conta com baixos volumes de trigo, e no ano passado, eles responderam por 80% das nossas compras. Com isso, se o nosso principal fornecedor está com uma safra menor, consequentemente vamos importar menos”, pontua.

Assim, com essa queda nas importações do trigo argentino, que ficou na casa de 1 milhão de toneladas, a Rússia e o Uruguai ganharam espaço no fornecimento do cereal ao Brasil.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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