Petróleo

Imposto de exportação no petróleo tem impacto de US$1,2 bi para setor, estima IBP

22 mar 2023, 14:18 - atualizado em 22 mar 2023, 14:18
Petróleo
O presidente do IBP destacou que a vantagem que o petróleo brasileiro tem no mercado internacional, de ter uma menor emissão de poluentes, “acaba sendo diminuída ou quase anulada pelo imposto” (Imagem: Pixabay/ARMBRUSTERBIZ )

O impacto negativo para a indústria petrolífera com a instituição do imposto de exportação de petróleo pelo governo brasileiro é de 1,2 bilhão de dólares, o que reduz competitividade internacional da commodity brasileira e também tem repercussão em investimentos e nos Estados e municípios, avaliou um representante do setor.

O tributo foi criado pelo governo Lula por medida provisória e tem sido alvo de questionamentos de petrolíferas e partidos políticos, que chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestá-lo.

“No total, a gente calculou 1,2 bilhão de dólares nesses quatro meses (o impacto com o imposto, durante o período da vigência). Esse é o valor se você pegar as exportações. O problema é nos investimentos, nos projetos que estavam sendo sancionados, aprovados pelas empresas”, disse o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, durante evento em Brasília.

  • Entre para o Telegram do Money Times! Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

“Muitas empresas vão colocar um freio de mão e isso afeta muito Estados e municípios”, reforçou ele, em entrevista durante o seminário Futuro e Oportunidades do Setor de Óleo e Gás no Brasil.

O presidente do IBP destacou que a vantagem que o petróleo brasileiro tem no mercado internacional, de ter uma menor emissão de poluentes, “acaba sendo diminuída ou quase anulada pelo imposto”.

O governo decidir pelo imposto à exportação de petróleo como forma de compensar uma retomada apenas parcial dos tributos federais para gasolina e etanol a partir de março, enquanto o diesel continua isento de PIS/Cofins até o final do ano.

Uma desoneração mais ampla havia sido determinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em meio à disputa eleitoral, no ano passado.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.