Economia

Independência do BC gerou ‘ruídos na mídia’; saiba o que mais foi abordado por Campos Neto nesta segunda (4)

04 mar 2024, 16:41 - atualizado em 04 mar 2024, 16:41
roberto campos neto independencia bc
Campos Neto também abordou o cenário da economia brasileira para 2024 (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Na segunda-feira (4), Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), afirmou que não queria que o assunto sobre a independência do BC “ficasse gerando ruído na mídia”, durante sua palestra na Associação dos Comerciantes de São Paulo (ACSP).

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Durante o evento, Campos Neto abordou a independência do BC, economias globais e brasileira e projetos digitais da autarquia.

Campos Neto aborda independência do BC

Ao longo da reunião, o presidente do Banco Central afirmou que, após abordar a necessidade de independência do BC, não queria que o assunto “ficasse gerando ruído na mídia”.

Para ele, o tema é mais técnico. Campos Neto entende que é um passo natural para o órgão, já que mais de 90% dos bancos centrais globais possuem autonomia financeira.

Campos Neto entende que, ao explicar as necessidades de tornar o órgão autônomo, é possível convencer o governo. “O trabalho do BC é ajudar o Brasil e o governo”, afirmou.

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Economias globais e nacional são analisadas

Internacionalmente, os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos (EUA) estão sendo analisados de perto.

No país, a dívida pública, que cresce para em torno de 180% do Produto Interno Bruno (PIB) da nação, mostra a influência da pandemia, que aumentou os gastos de países desenvolvidos durante o período.

“Quanto mais rico o país. mais ele gastou com medidas de enfrentamento à pandemia”, afirmou Campos Neto.

A China também é um dos países na órbita do Brasil. Entre os assuntos trazidos por Campos Neto, a crise no setor imobiliário está no centro das discussões, com o temor da queda no consumo do país.

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No Brasil, o presidente afirmou que as projeções para o crescimento econômico do país vêm surpreendendo, com uma revisão de crescimento para cima em 2024.

O desemprego também surpreendeu, com taxas mais baixas do que o esperado, e o mesmo movimento acontece com a massa real salarial.

BC quer investir em digitalização

Para o presidente do BC, o Pix, lançado em 2020, melhorou a bancarização do país, com cada vez mais brasileiros criando contas bancárias apenas para usar o sistema.

O objetivo agora é fazer com que cada vez mais pessoas entendam o mercado de digitalização, já que o Pix representa apenas uma parte da agenda digital.

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De acordo com Campos Neto, os projetos de união monetária com outros países, principalmente com nações da América do Sul, perdem a razão, conforme as moedas digitais interconectadas ficam cada vez mais fortalecidas.

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Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.