Índice de Poder de Compra de Fertilizantes indica redução de preços em novembro
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de novembro fechou em 1,12, representando uma queda de 3,8% em relação ao mês anterior. Segundo a Mosaic, a redução indica um cenário favorável para o produtor rural. Em nota, a Mosaic afirma que a combinação de mercado externo, câmbio e preços dos fertilizantes contribuiu para o movimento. “A variação foi influenciada pelo comportamento das commodities agrícolas, recuo do dólar e redução pontual na aplicação de fertilizantes”, disse.
O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic, e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e das principais lavouras brasileiras: soja, milho, cana-de-açúcar e algodão.
Segundo comunicado, as commodities apresentaram leve alta média de 0,8%, com destaque para a soja (+2,1%), impulsionada pelo suporte internacional e pelo aumento das compras chinesas após novos acordos comerciais com os Estados Unidos. O milho também avançou (+2,6%) em virtude da entressafra e da limitada oferta. Já algodão (-1,2%) e cana-de-açúcar (-0,4%) tiveram quedas moderadas. O câmbio contribuiu adicionalmente, com o dólar recuando 0,8% no período.
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Quanto aos preços dos fertilizantes, a Mosaic afirma que recuaram cerca de 2% em novembro – antes de novas altas do enxofre, que já ultrapassou os níveis de US$ 500 por tonelada no Golfo Árabe, acumulando altas sucessivas. “Há também a assinatura antecipada do contrato de fornecimento de cloreto padrão para a China em 2026, em níveis superiores de preço ao visto neste ano. O acordo surpreendeu o mercado por ser sido fechado historicamente como um dos mais antecipado que já se observou”, disse a empresa.
A Mosaic alerta, ainda, para as questões geopolíticas, que permanecem em evidência, com os recentes acordos comerciais envolvendo China, Estados Unidos e Brasil, o mercado agrícola global tende a maior estabilidade. “A China mantém compras relevantes, mas as negociações globais trazem volatilidade.”
No cenário interno, a empresa recomenda que os agricultores organizem suas compras e recebam seus fertilizantes de forma antecipada, considerando que o plantio do milho safrinha deve se concentrar logo após a colheita da soja, que deve atrasar. A Mosaic afirma que, com o aumento significativo do uso de sulfato de amônio em relação à ureia, a movimentação nos portos tende a ser ainda maior. “Antecipar operações pode garantir disponibilidade, eficiência logística e melhores condições comerciais.”