Economia

Inflação a 5,3% e Selic a 14,75%: As projeções do Bradesco Asset para economia brasileira

04 jun 2025, 13:51 - atualizado em 04 jun 2025, 13:51
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(Imagem: Gadini/pixabay)

O Bradesco Asset Management ajustou sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 de 5,4% para 5,3%.

O economista-chefe da instituição, Marcelo de Toledo, e sua equipe afirmam que o recuo de preços de commodities, principalmente energéticas, trouxe um cenário mais benigno para a inflação.

“Apesar do início desse movimento ter sido gerado pelo debate tarifário nos Estados Unidos, a visão de um aumento de oferta de petróleo foi capaz de manter os preços mais baixos mesmo com a distensão das discussões sobre tarifas”, dizem.

Além disso, os dados correntes do IPCA corroboram a visão de que o pico do índice já ficou para trás, mesmo com um patamar ainda elevado e núcleos variando em torno de 6%.

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Os economistas afirmam que os núcleos da inflação devem continuar observando nos próximos meses, apesar de uma leve tendência de desaceleração.

Eles ponderam, no entanto, que esse contexto “ligeiramente mais benigno” não deve ser suficiente para
superar os debates relacionados à atividade econômica, com a expectativa de que o hiato do produto se mantenha em tereno positivo.

“Junto com expectativas de inflação desancoradas, a inflação de 2026 continuaria pressionada”, afirmam ao reiterar a projeção de 4,7% para o próximo ano.

PIB e Selic

O Bradesco Asset espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça de 2,0% em 2025.

Os economistas destacam que os dados da atividade no primeiro trimestre mostraram um crescimento “robusto” de 1,4%, mesmo quando desconsiderado o setor agropecuário. Além disso, o mercado de trabalho segue robusto, com ganhos reais de renda, e empréstimos moderando de forma lenta.

“Acreditamos que a trajetória de desaceleração não será linear, com moderação mais proeminente da atividade apenas no segundo semestre”, dizem.

“Vale notar que, apesar dos efeitos contracionistas da política monetária, a desaceleração do crédito será menos intensa por conta da nova modalidade de crédito consignado privado e do estímulo aos financiamentos imobiliários”.

Para a política monetária, Toledo e equipe afirmam que a estabilização da inflação corrente, das expectativas e o argumento da defasagem da política monetária seguem jogando a favor da manutenção da taxa de juros no patamar atual na próxima reunião. Isso indicaria o fim do ciclo de ajuste.

Por outro lado, a resiliência da atividade econômica, em conjunto com os novos estímulos fiscais, parafiscais e de crédito contratados para os próximos 18 meses, reforçam a visão de que o período de manutenção da taxa de juros será extenso.

“O Copom precisará observar uma queda mais efetiva da inflação corrente e sinais mais evidentes de desaceleração da atividade para que se possa discutir uma redução do grau de aperto da política monetária”, afirmam.

“Os estímulos contratados para os próximos trimestres também dificultam a avaliação do Banco Central, uma vez que será necessário incorporar esses estímulos às projeções ao longo do tempo e lidar com a incerteza natural na previsão de como a economia será afetada à medida que os estímulos sejam efetivados”.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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