Economia

Inflação dos pobres, INPC cai 0,25% em novembro, melhor resultado do Plano Real

08 dez 2018, 7:42 - atualizado em 07 dez 2018, 18:41

Dinheiro

Por Arena do Pavini – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede o custo de vida para famílias com renda de até cinco salários mínimos, caiu -0,25% em novembro, bem abaixo da alta de 0,40% registrada em outubro. Este resultado é o menor desde junho de 2017 quando o INPC ficou em -0,30% e, para um mês de novembro, é o menor patamar desde a implantação do Plano Real em 1994, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o INPC acumula alta de 3,29%, acima do 1,80% registrado em igual período do ano passado. Em 12 meses, o índice sobe 3,56%, abaixo dos 4,00% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,18%.

O INPC caiu um pouco mais que o IPCA, que tem o mesmo cálculo, mas mede o custo de vida para famílias com renda de até 40 salários mínimos e teve deflação de 0,21% em novembro. O impacto do custo da Habitação, especialmente da conta de luz no orçamento das famílias mais pobres, pode explicar essa queda maior do custo de vida para a baixa renda. O INPC e o IPCA reforçam a tendência de queda da inflação, que aparece também na deflação registrada pelo IGP-DI de novembro.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em novembro enquanto, no mês anterior, registraram alta de 0,61%. O agrupamento dos não alimentícios teve queda, de -0,55% enquanto, em outubro, havia registrado alta de 0,31%.

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Goiânia é campeã da inflação no mês

Quanto aos índices regionais, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Fortaleza (0,06%) e de Goiânia (0,34%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,34% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,58%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,80%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.

pavini@moneytimes.com.br
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