Inflação pode voltar ao intervalo da meta em 2026; tensão entre EUA e Brasil segue no radar do mercado
A projeção para a inflação do Brasil foi cortada por economistas ouvidos pelo Banco Central (BC), segundo o Relatório Focus desta segunda-feira (21).
A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi reduzida de 5,17% para 5,1% em 2025 e de 4,5% para 4,45% em 2026. A estimativa do ano que vem deixa o índice dentro do intervalo de tolerância da meta — de 1,50% a 4,50%.
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No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, para comentar as perspectivas sobre a inflação brasileira, além das tensões com os Estados Unidos após a ameaça tarifária.
Segundo Quaresma, a queda do dólar em relação ao final do ano anterior ainda impulsiona o movimento de baixa.
“Estamos na oitava semana consecutiva de redução da expectativa de IPCA em 2025. Esse movimento de convergência das expectativas segue acontecendo pro curto prazo, o que a gente atribui principalmente ao câmbio, já que o dólar caiu cerca de 15% ao longo desse ano”, disse.
A grande novidade do Focus desta segunda foi em relação a expectativa para 2026, que entrou dentro do intervalo da meta. A analista acredita que a projeção trouxe otimismo para o mercado e ajuda a turbinar as altas do Ibovespa (IBOV) hoje.
Por volta das 13h30, o principal índice da bolsa brasileira subia 0,97%.
Quaresma comentou sobre as tensões entre o Brasil e os Estados Unidos, com receio de que a tarifa de fato entre em vigor no dia 1º de agosto e o governo brasileiro tome alguma posição de retaliação, que pode ampliar os impactos.
“O perigo mora no risco de retaliação, que pode trazer impactos econômicos mais duradouros. A tarifa por si só é claramente negativa, mas não é o fim dos tempos”, afirmou.
O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos do dia. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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