Intenção de compra de imóveis cai ao menor nível desde 2019, mostra FipeZAP

A disposição dos brasileiros em adquirir imóveis recuou para o menor patamar desde 2019, segundo o mais recente Raio-X FipeZAP. Apenas 33% dos entrevistados afirmaram ter planos de comprar uma propriedade nos próximos três meses.
A pesquisa, que ouviu 730 pessoas entre 12 de julho e 3 de agosto, mostra que, entre esses potenciais compradores, a maior parte (87%) tem como objetivo a moradia.
Já em termos de preferência, 49% se mostraram indiferentes quanto à condição do bem, enquanto 42% buscam imóveis usados e 10% desejam apenas novos.
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Investidores em recuperação
Apesar da queda na intenção de compra, a participação de investidores entre as pessoas que efetivamente compraram um imóvel no último ano avançou de 31% para 43%.
Desse montante, a destinação para aluguel se manteve como destino mais comum (52%), à frente da revenda (48%).
Já no grupo de compradores em geral, o objetivo de “morar com alguém” se destacou no segundo trimestre de 2025 (67%), superando “morar sozinho” (19%) ou “comprar para alguém residir” (14%).
Descontos, preços e expectativas
Ainda de acordo com o Raio-X FipeZAP, a incidência de descontos nas transações cresceu ao longo deste ano, passando de 63%, em dezembro de 2024, para 66%, em junho de 2025. O percentual médio de abatimento se manteve em 10%.
Apesar disso, 71% dos entrevistados ainda consideram os valores atuais dos imóveis “altos ou muito altos”. Em contrapartida, na comparação anual, subiu de 3% para 6% a parcela que vê os preços como “baixos ou muito baixos”.
Para os próximos 12 meses, as expectativas ficaram mais contidas. Apenas 42% projetam alta nominal no valor das propriedades, contra 46% um ano antes. A média das estimativas aponta para um aumento de 2,7%.