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Inter e Méliuz, top picks para 2021, ganham novos preços-alvo do BTG

10 mar 2021, 18:59 - atualizado em 10 mar 2021, 19:02
Banco Inter BIDI11
O preço-alvo do Inter saltou de R$ 111 para R$ 180 depois que a equipe de research do BTG Pactual atualizou as estimativas para a companhia (Imagem: Divulgação/Banco Inter/LinkedIn)

O BTG Pactual (BPAC11) elevou os preços-alvo das ações do Inter (BIDI11) e da Méliuz (CASH3). Embora veja pressão de curto prazo na lucratividade das duas empresas, o banco acredita que elas possuem pontos qualitativos positivos.

“Qualitativamente falando, acreditamos que ambas as empresas têm líderes muito fortes, acesso a capital barato (devido aos seus valuations muito altos) e ventos a favor muito poderosos (aceleração da adoção da digitalização)”, afirmaram os analistas Eduardo Rosman, Thomas Peredo e Ricardo Cavalieri, em relatório divulgado ontem.

Além disso, o BTG acha que a queda das ações de tecnologia abriu pontos de entrada atraentes.

O preço-alvo do Inter saltou de R$ 111 para R$ 180 depois que a equipe de research atualizou as estimativas para a companhia. O último balanço da instituição veio acima do esperado, com destaque para o lucro de R$ 22 milhões (após três meses seguidos de prejuízo) e contínua melhora nos indicadores ARPU (receita média por usuário) e CTS (custo de servir).

O BTG aumentou o LPA (lucro por ação) estimado para 2021-2023 entre 20% e 25%. A nova premissa também inclui uma redução no custo de capital apoiada nos anúncios do CEO João Vitor Menin envolvendo a mudança na estrutura corporativa da empresa, que passará de banco para holding. O executivo disse que o Inter está estudando a possibilidade de listagem da nova holding nos Estados Unidos.

“Os empréstimos crescentes por meio de securitização, listagem nos Estados Unidos e uma migração mais rápida do que o inicialmente esperado para uma plataforma de negócios real devem contribuir para um custo de capital mais baixo”, reforçaram os analistas.

O BTG aumentou o preço-alvo da ação da Méliuz de R$ 18 para R$ 35 (Imagem: Facebook/Méliuz)

Em relação à Méliuz, o BTG aumentou o preço-alvo de R$ 18 para R$ 35 e atualizou os números para incluir: (i) GMV (volume bruto de mercadorias) mais forte para o quarto trimestre de 2020 (já reportado na prévia operacional), (ii) maiores ganhos com serviços financeiros e (iii) aquisição da plataforma Picodi.com. Assim, as projeções para a receita da companhia em 2021, 2022 e 2023 aumentaram 41%, 63% e 81%, respectivamente.

“A Méliuz tem uma equipe muito forte e uma cultura poderosa, apoiada em uma tecnologia sólida, que deve permitir sua expansão sem sacrificar a qualidade do produto/serviço”, comentaram Rosman, Peredo e Cavalieri. “Embora ainda pensemos que pode ser um alvo de fusões e aquisições para empresas como o Nubank, seus movimentos recentes nos mostraram que ainda tem muito espaço para crescer por conta própria”.

O BTG manteve a recomendação de compra para o Inter e a Méliuz. Os dois nomes estão entre as quatro top picks para 2021 – Stone (STNE) e B3 (B3SA3) são as outras ações favoritas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.