Mercados

Gringos de olho nas ações do Banco do Brasil (BBAS3)

15 dez 2025, 12:50 - atualizado em 15 dez 2025, 12:50
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(Imagem: iStock.com/Alison Calazans)

Se o Banco do Brasil (BBAS3) passou por 2025 meio esquecido em razão de resultados fracos, os investidores estrangeiros trataram de recolocar o papel no radar.

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Segundo analistas do BTG Pactual, que estiveram nos Estados Unidos em roadshow para avaliar o sentimento dos investidores em relação ao setor financeiro, o banco despertou “interesse real”.

O principal motivo é o preço. Investidores questionam se o BB pode ser uma oportunidade diante do forte desconto em relação ao valor patrimonial.

Outro ponto favorável é o agronegócio, que segue como o carro-chefe da economia brasileira — e tem no Banco do Brasil o seu principal financiador.

“A percepção geral é de que o Brasil tem vantagem competitiva no agronegócio e que, em algum momento, a qualidade dos ativos deve se normalizar de forma cíclica, levando a melhores resultados para o BB”, dizem os analistas.

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As eleições também entram na conta. Caso um candidato de centro vença o pleito, investidores se perguntam quanto as ações do Banco do Brasil poderiam subir e a quais múltiplos passariam a negociar.

Uma pergunta válida, já que, como visto nesta matéria, a queda neste ano, junto com um cenário eleitoral favorável, pode criar uma oportunidade de ouro.

As estatais, vale lembrar, são extremamente sensíveis ao chamado “risco político” — e hoje restam apenas duas empresas desse tipo com peso relevante no mercado: Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil.

Bradesco também foi citado

O Bradesco (BBDC4) também apareceu nas conversas. O banco apresentou forte valorização em 2025, impulsionado pela melhora do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) e dos resultados operacionais.

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Entre as principais dúvidas levantadas pelos investidores, estão:

  • o Bradesco é apenas uma oportunidade tática ou passa por uma transformação estrutural que o torne novamente um papel de buy-and-hold?
  • qual seria o impacto de um ambiente de juros mais baixos sobre os lucros e o valuation?
  • o que, de fato, está acontecendo com a carteira de crédito ao agronegócio do Banco do Brasil?
  • trata-se de um problema cíclico ou estrutural?

“Assim como na Europa, observamos alguns hedge funds posicionados em Bradesco — movimento semelhante ao dos investidores locais — com o argumento de que os ROEs vêm subindo, tendência que deve continuar por mais alguns trimestres, enquanto o valuation segue pouco exigente”, afirma o BTG.

Ainda assim, do ponto de vista tático, o banco prefere Bradesco ao Banco do Brasil, “embora o Itaú continue sendo nossa única recomendação de compra entre os bancos incumbentes no Brasil”.

 

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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