Interesse por ações e FIIs aumenta, mas investidores ainda preferem renda fixa, aponta XP

A renda fixa continua sendo a principal escolha dos investidores brasileiros, segundo a pesquisa mensal da XP com seus assessores de investimentos. Ainda assim, houve um avanço significativo no interesse por ações e fundos imobiliários (FIIs).
De acordo com o levantamento, 75% dos assessores relataram que seus clientes priorizaram aplicações em renda fixa em maio – o mesmo percentual registrado no mês anterior. Em contrapartida, a procura por fundos de renda fixa diminuiu 7 pontos percentuais, chegando a 54%.
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Interesse por renda variável ganha força
Apesar da busca por segurança, a pesquisa aponta uma retomada do apetite por renda variável. Segundo os dados, 27% dos assessores disseram que seus clientes pretendem aumentar a exposição nesse segmento – alta de 9 pontos percentuais em relação a abril. Por outro lado, 5% planejam reduzir essa alocação, enquanto 68% pretendem mantê-la estável.
Quando segmentado, o levantamento mostra que o interesse por ações subiu 13 pontos percentuais em maio, alcançando 41%, enquanto o apetite por FIIs avançou 14 pontos, chegando a 36%.

Além disso, o sentimento dos investidores em relação à Bolsa de Valores melhorou: 70% atribuíram nota 7 ou superior para o momento atual do mercado, uma alta de 15 pontos percentuais na comparação mensal.
Quanto às projeções para o Ibovespa, a estimativa média dos assessores aponta para 139 mil pontos ao final de 2025, acima dos 132 mil projetados anteriormente.
No entanto, considerando que o índice já opera próximo desse patamar, a expectativa é de valorização nula no curto prazo.
Expectativas para os juros
Com relação aos juros, a maior parte dos assessores (45%) afirmou que seus clientes acreditam que o ciclo de alta da taxa Selic está próximo do fim.
Questionados sobre o nível de juros necessário para despertar maior interesse por renda variável, 37% mencionaram uma taxa a partir de 10%, 18% indicaram 9%, e 19% apontaram 8% ou menos.
Política fiscal no radar
O levantamento também revelou que a preocupação com a política fiscal no Brasil aumentou, sendo citada por 55% dos assessores em maio – uma alta de 11 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O tema permanece como o principal risco para a Bolsa.
A instabilidade política foi apontada por 14% dos participantes, enquanto o temor de juros mais altos, citado por 8% dos entrevistados, consolidou-se como o terceiro maior fator de preocupação entre os investidores.