Invesco mira US$ 100 bi em ativos para garantir posição na China
A Invesco tem como meta crescimento de mais de 40% em seus ativos na China em três anos para defender sua posição de liderança entre gestoras estrangeiras, aproveitando anos de experiência quando mais rivais como BlackRock e Amundi aceleram sua expansão no mercado chinês.
A gestora, que administra US$ 1,2 trilhão, visa aumentar os ativos de clientes chineses sob gestão para US$ 100 bilhões até 2023 em relação aos cerca de US$ 70 bilhões atualmente, de acordo com Andrew Lo, responsável pela Ásia-Pacífico.
O crescimento virá principalmente da joint venture de fundos mútuos Invesco Great Wall Fund Management, seu foco na China, onde a Invesco, que tem sede em Atlanta, está avançando para aumentar sua participação para 51% e finalmente ficar com o controle, disse.
A concorrência no mercado de gestão de ativos de 100 trilhões de yuans (US$ 15,2 trilhões) está esquentando. Cinco participantes globais, da BlackRock à Neuberger Berman, receberam aprovação ou solicitaram licenças para o controle total de fundos depois que a China afrouxou as restrições em abril. BlackRock e Amundi também estabeleceram joint ventures de gestão de patrimônio com grandes bancos locais para expandir o alcance entre investidores chineses.
Embora a Invesco mantenha a “a mente aberta” para costurar outras alianças locais, a gestora está focada em explorar e reforçar a reputação de 17 anos da joint venture entre clientes e seu entendimento do mercado, uma vantagem que, segundo Lo, pode ajudar a Invesco a competir.
“A maior diferença entre nós e muitos dos concorrentes globais é que fazemos isso há 17 anos”, disse, citando os altos e baixos dos últimos anos e competindo contra produtos de investimento garantidos implicitamente que só recentemente foram proibidos. “Acho que agora é realmente o ponto de inflexão.”
A Invesco foi classificada como a número 1 global no negócio onshore pela consultoria Z-Ben Advisors neste ano, em grande parte graças à Invesco Great Wall, de Shenzhen, que captou 50,7 bilhões de yuans em fundos mútuos desde meados de agosto, o maior valor entre empresas globais. No geral, ocupa a 3ª posição, atrás do JPMorgan e UBS.