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Investida de Warren Buffett, Stone (STNE) dispara em NY após surpreender o mercado

03 jun 2022, 9:48 - atualizado em 03 jun 2022, 9:51
Stone Nasdaq Compre Local
Para o segundo trimestre do ano, a Stone espera que seu lucro ajustado antes de impostos fique acima de R$ 185 milhões. (Imagem: LinkedIn/Stone)

As ações da Stone (STNE), companhia brasileira na qual a Berkshire Hathaway de Warren Buffett detém participação, disparavam no pré-mercado da Nasdaq nesta sexta-feira (3). Por volta das 9h30, os papéis saltavam 11,3%, a US$ 11,63.

O desempenho é uma resposta ao balanço do primeiro trimestre da companhia, divulgado na quinta (2). A empresa de pagamentos apresentou números mais fortes do que o esperado.

Os números são divulgados em um momento em que a companhia busca resgatar a confiança dos investidores e colhe frutos do ajuste de preços implementado a partir do fim do ano passado.

A Stone teve lucro líquido ajustado de R$ 132 milhões no primeiro trimestre, acima de uma estimativa média de R$ 102 milhões entre analistas consultados pela Bloomberg.

Foi a primeira vez em cinco trimestres em que a empresa de tecnologia financeira sediada em São Paulo superou as expectativas, embora o número ainda represente uma queda de 29% em relação ao ano anterior.

As receitas totais ficaram em R$ 2,1 bilhões, também acima das expectativas e da projeção fornecida pela empresa em março.

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Stone em queda

A Stone perdeu cerca de US$ 26 bilhões em valor de mercado desde seu pico no ano passado, uma queda de 89% até o fechamento de quinta-feira, após os juros mais altos no Brasil e no mundo e uma expansão conturbada para a área de crédito pressionarem os múltiplos da fintech.

A empresa, que interrompeu a originação no ano passado após sofrer com um salto na inadimplência, espera que seu novo produto de crédito seja lançado até o fim do ano e escale em 2023, segundo Matos.

Para o segundo trimestre do ano, a Stone espera que seu lucro ajustado antes de impostos fique acima de R$ 185 milhões, excluindo as despesas financeiras relacionadas ao seu título de dívida.

A ação chegou a saltar 29%, para US$ 13,40, em negociações estendidas em Nova York após o anúncio, mas reduziram o ritmo de alta nas horas seguintes.

*Com informações da Bloomberg 

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.