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Investir no próximo Casimiro ou Felipe Neto pode ser possível; entenda sobre os influenciadores digitais na Web 3.0

19 dez 2022, 16:49 - atualizado em 19 dez 2022, 16:49
Casimiro Web 3.0 Influenciadores
“As marcas, e as empresas, estão começando a entender o quão longe os criadores de conteúdo são capazes de ir”, diz (Imagem: Mateus Campos Felipe/Unsplash)

“Essa equação vai mudar, os ‘creators’ estão percebendo e não querem mais deixar seu dinheiro com o Instagram”, diz Giovana Simão em entrevista ao Crypto Times. A criadora de conteúdo e empresária começou como influencer com seu Instagram “Bit das Minas” onde ensina sobre criptomoedas para o público feminino.

Eleita pela Forbes como influencer de criptoativos, Simão também criou duas startup, a Allga – ecossistema de influencers em Web 3.0 – e a mais recente Cobogo Brasil, que tem o objetivo de fomentar, empoderar e investir em criadores de conteúdo através de ferramentas da Web 3.0.

Ela comenta que estamos vivendo cada vez mais em um momento onde os influenciadores digitais constroem marcas ao redor de si mesmos.

Para ela, a profissionalização deste mercado chegou junto com as redes sociais como Instagram e a percepção das marcas sobre a rentabilidade através da visibilidade.

“As marcas, e as empresas, estão começando a entender o quão longe os criadores de conteúdo são capazes de ir”, diz. Simão dá o exemplo do YouTuber Casemiro, que durante a Copa do Mundo competiu em audiência com a Rede Globo de televisão.

A empreendedora explica que estamos presenciando uma terceira onda na economia de criadores, que anda bastante conectada com a Web 3.0.

“Nesta terceira onda de criadores, agora eles estão se vendo como uma empresa. Estão vendo a necessidade de ter uma equipe, um jurídico, financeiro, de emitir nota de levantar capital assim como as startups fazem”, explica.

O projeto do Casimiro foi dessa forma, conforme explica. Um projeto onde houve financiamento através de patrocínios.

E o que a Web 3.0 tem a ver com influenciadores digitais?

“A Web 3.0 entra mais ainda dentro desta onda porque ela é capaz de dar segurança, visibilidade e transparência. A blockchain já tem essas três características”, diz Giovana Simão.

A junção da tecnologia cripto à economia de criadores permite que o influenciador possa se financiar através de formas transparentes e mais interativas com seu público, como a criação de uma coleção de NFTs, conforme conta.

“Hoje o NFT é quase um ‘crowdfunding’. Antes você usava plataformas como DIVIhub ou Republic para levantar ‘crowdfunding’. Hoje, se você lança uma coleção de NFTs, coleta dinheiro para projetos ou até para financiar o seu canal”, explica.

Simão também aborda a questão das redes sociais descentralizadas, como a Lens Protocol, onde as publicações em texto, vídeo e fotos são em formato de NFTs e atrelados a um perfil único no blockchain.

“[No Lens Protocol] você tem a transparência, e consegue ver exatamente para onde está indo o dinheiro. Hoje, por exemplo, com Instagram, só a plataforma ganha. O creator não ganha nada”, afirma.

Ela diz que o creator ganha expondo seus conteúdos, e vinculando seus links relacionados aos produtos que vende, mas quem ganha mesmo com publicidade na plataforma é apenas o Instagram.

“Essa equação vai mudar, os ‘creators’ estão percebendo e não querem mais deixar seu dinheiro com o Instagram”, complementa.

Ela conta que seu perfil de conteúdo, “bitdasminas”, hoje gera uma visualização mensal de 200 mil pessoas, e não ganha nada da plataforma pelo tráfego em sua página.

Mais que um seguidor, um sócio

Para aqueles que não produzem conteúdo na internet, com a Web 3.0 também existem meios de lucrar com influenciadores digitais, como explica a empreendedora.

“A Web 3.0 vem para mudar esse jogo. [Nela] você é dono do seu próprio conteúdo e é quem vai decidir como quer monetizar. A monetização ainda vai além. Além de monetizar para você, pode recompensar seus seguidores”, diz.

Os seguidores não são mais passivos hoje em dia, ela explica, antes interagiam através da tela de uma forma muito menos imersiva que hoje em dia.

“Hoje [os seguidores] querem comentar, participar, votar e fazer enquete. Nessa nova onda não quer só comentar, quer ser sócio e ganhar com o ‘creator’”, complementa.

A startup Cobogo, criada por Simão, foca na tese que os seguidores não serão mais passivos e que muitos criadores de conteúdo surgirão para competir nesse mercado nos próximos cinco anos.

“Se o ‘creator’ e seus seguidores tivessem a oportunidade de ganhar dinheiro juntos. Não só acredito no influenciador como também posso financiar. Acredito que [o influenciador] tem tanto potencial para que daqui a dez anos seja o próximo Casemiro, ou o próximo Felipe Neto, vou querer surfar essa onda com ele”, diz.

Confira a entrevista com Giovana Simão na íntegra:

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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