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Iochpe-Maxion: Qual é o tamanho do impacto da instabilidade da Turquia nas ações?

25 nov 2021, 18:39 - atualizado em 25 nov 2021, 18:39
A Turquia representa entre 15-20% das receitas totais da Iochpe-Maxion, estima BTG (Imagem: Reprodução/Iochpe-Maxion)

A instabilidade da Turquia levanta discussões sobre os impactos que o ambiente de grande volatilidade política e econômica no país pode ter nas operações da Iochpe-Maxion (MYPK3).

A lira turca atingiu mínimas recordes em relação à divisa norte-americana por 11 sessões consecutivas, o período mais longo de perdas em 20 anos. A forte desvalorização da moeda reflete a defesa de Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, de cortar os juros, agravando a crise no país.

A moeda chegou a mostrar perda acumulada de até 45% de seu valor neste ano. Aproximadamente metade dessas perdas ocorreu só no início da semana passada.

Pelas estimativas do BTG Pactual (BPAC11), a Turquia representa entre 15-20% das receitas totais e uma das maiores margens operacionais da companhia.

A Iochpe tem conseguido manter as operações andando durante os períodos de grande turbulência na Turquia, mas, segundo o BTG, existem dois impactos diretos agora: (i) a desvalorização da moeda da Turquia ajuda na expansão da margem, visto que o país é um hub exportador; por outro lado, (ii) a inflação de custos deve mitigar tal impacto ao longo do tempo.

O banco ainda destacou que o quarto trimestre é sazonalmente mais fraco para a indústria automotivo, o que deve limitar os efeitos que as operações turcas podem ter no curto prazo.

“A turbulência política turca deve ter poucos impactos nos resultados consolidados da Iochpe, embora a gente vá monitorar as condições macro no país para ver se o balanço de riscos muda”, afirmou o BTG.

Por ora, o banco manteve a recomendação neutra para a ação da companhia.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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