Mercados

IPCA-15, Focus e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa (IBOV) nesta terça (27)

27 fev 2024, 10:18 - atualizado em 27 fev 2024, 10:20
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Dados de inflação podem mexer com o Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (27) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta terça-feira (27) em alta, avançando 0,55%, a 130.320 pontos, por volta das 10h04. Na véspera, o índice começou a semana no positivo, apesar do desempenho fraco dos mercados americanos e da queda firme da Vale (VALE3).



dólar operava em baixa frente ao real, logo após a abertura desta terça, em linha com a fraqueza da divisa norte-americana no exterior, antes de dados de inflação dos Estados Unidos e em meio à alta das commodities.

Day Trade:

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa (IBOV) nesta terça (27)

IPCA-15: Inflação sobe a 0,78% em fevereiro

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do Brasil, apresentou alta de 0,78% em fevereiro — apontando para uma aceleração em relação ao 0,31% apurado em janeiro.

O número ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava aceleração de 0,85% no mês.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27), o IPCA-15 já tem alta acumulada de 1,09% no ano, e 4,49% nos últimos 12 meses.

Em fevereiro de 2023, a variação do índice havia registrado 0,76%.

Economistas voltam a reduzir projeções de inflação, em dia de IPCA-15

Os economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir as projeções de inflação para este ano.

Segundo o Relatório Focus, as projeções da inflação para 2024 passaram de 3,82% para 3,80%. Para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também caiu, de 3,52% para 3,51%. Os demais anos permanecem com as mesmas projeções.

Vale lembrar que a previsão de inflação segue próxima do centro da meta, que para 2024 e 2025, é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, podendo, por isso, oscilar entre 1,5% e 4,5%, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

BRF (BRFS3) reverte prejuízo do 4T22 e reporta lucro líquido de R$ 754 milhões no 4T23

BRF (BRFS3) reportou lucro líquido societário de R$ 754 milhões no quarto trimestre de 2023, contra um prejuízo líquido de R$ 956 milhões no mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado na segunda-feira (26). É o primeiro lucro após sete trimestres consecutivos de prejuízos.

Segundo a Reuters, analistas previam lucro líquido de R$ 339,57 milhões. Já a receita líquida da empresa registrou uma pequena queda no mesmo comparativo, de 2,3%, passando de R$ 14,769 bilhões para R$ 14,426 bilhões.

Por outro lado, o Ebitda ajustado ficou em R$ 1,903 bilhão, contra 1,079 bilhão do 4T22. Na avaliação do analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, o impacto dos números foi positivo.

“Esperamos uma reação positiva hoje em função dos números mais fortes que o esperado. Além disso, o aumento do fluxo de caixa indica que o endividamento está caindo rápido e a continuação na queda nos preços do milho e da soja indicam que os resultados devem continuar melhorando em 2024”, avalia.

Vale (VALE3) tem licenças de minas reestabelecidas no Pará

Vale (VALE3) informou na segunda-feira (26) que as licenças de operação de minas no Pará foram reestabelecidas por decisões liminares proferidas pela 1ª Vara Cível de Canaã dos Carajás e Vara Cível de Ourilândia do Norte.

Na última semana, o governo do Pará suspendeu as licenças das minas Sossego, de cobre, e Onça Puma, de níquel. A Secretaria do Meio Ambiente do Pará (Semas) informou que o motivo por trás da suspensão da mina Sossego estava ligado a um descumprimento de condicionantes ambientais, conforme previsto em lei.

Em nota ao mercado, a Vale reforçou o cumprimento de condicionantes e controles socioambientais de suas atividades. A mineradora afirmou que as licenças de operação das minas de Sossego e Onça Puma foram reestabelecidas sem prejuízo no final.

O analista da Guide Investimentos, Fernando Siqueira, avalia o impacto como marginalmente positivo.

“Apesar da relevância destas duas operações, as ações da Vale não reagiram de forma negativa no dia em que as decisões de suspensão foram anunciadas, logo não esperamos uma reação positiva no pregão de hoje”, pondera.

Mercados globais

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que na manhã desta terça (27), os mercados globais exibem uma tranquilidade maior após um dia de relativa estabilidade na Ásia.

“Observamos uma tendência positiva nos mercados europeus, e os futuros nos Estados Unidos estão em alta, com os investidores em expectativa pelos importantes dados de inflação que serão divulgados mais adiante na semana”, avalia.

Ele aponta ainda que, no Japão, houve uma desaceleração nos índices de inflação ao consumidor de janeiro, o que levou a um aumento nas máximas locais por mais um dia consecutivo, apesar de essa desaceleração ter sido menos pronunciada no setor de serviços.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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