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IRB, BB Seguridade ou Porto Seguro: veja qual seguradora se dará melhor no 3º trimestre

01 nov 2021, 16:31 - atualizado em 01 nov 2021, 16:31
Contrato Seguros
O Inter Research lembra que os dados acumulados de julho e agosto apontam para um trimestre com boas vendas no setor de seguros (Imagem: Pixabay)

As seguradoras foram duramente impactadas pela segunda onda da Covid-19. A alta da sinistralidade, somada à disparada do juros, criou a tempestade perfeita para o setor. No entanto, o terceiro trimestre deverá mostrar os primeiros sinais de recuperação, apontam analistas.

O Inter Research lembra que os dados acumulados de julho e agosto indicam um trimestre com boas vendas no setor de seguros, que avançou 13,5% em prêmios emitidos, com destaques nos ramos rural, vida, massificados e automotivo, que voltaram a crescer em dois dígitos em agosto.

“Por outro lado, ainda esperamos margens em ritmo de recuperação, apesar de ainda comprimidas pelo alto nível de sinistralidade, que começa a mostrar declínio em vários ramos”, diz o analista Matheus Amaral.

Além disso, as seguradoras devem ganhar com a alta da taxa básica de juros que, até o fim do terceiro trimestre, figurava em 6,25%, e já se encontra em 7,75% desde a última reunião do Copom.

“Apesar disso, estamos de olho nos resultados financeiros das seguradoras com negócios em previdência privada, as quais possuem passivos atrelados a indicadores de inflação, em níveis elevados”, afirma o Inter. 

IRB: agora vai?

Na visão dos analistas do Banco Safra Luis F. Azevedo e Silvio Dória, o IRB (IRBR3) entregará resultados fracos, devido, principalmente, à forte redução dos prêmios subscritos na linha internacional (queda de 32% no ano), que deve anular o ligeiro ganho de 4% no mercado local.

Porém, o prêmio da resseguradora deverá crescer 5,6%, apesar da reversão das provisões técnicas.

“Tudo isso considerado, devemos ver uma redução sólida no índice combinado ajustado do IRB. O índice de sinistralidade deve se manter em níveis muito elevados, corroborando com resultados fracos”, apontam.

Já o Inter tem uma visão um pouco diferente para o IRB. Segundo a corretora, a empresa divulgará resultados mais positivos, com prejuízo de R$ 51 milhões, ante o prejuízo de R$ 230 milhões do mesmo período do ano passado.

“O melhor resultado pode vir dos efeitos positivos da estratégia de reunderwriting, ou seja, de reestruturação da carteira, principalmente no mercado externo”, diz.

Apesar disso, o ramo rural pode causar dores de cabeça para a companhia, devido ao período de secas e geadas.

O Inter também afirma que a reeseguradora mostrou um bom controle das despesas administrativas, que contribuirá para um melhor bottom-line, assim como impactos positivos, mas não recorrentes para o trimestre.

O IRB divulga seus resultados no dia 11 de novembro.

BB Seguridade, luz no final do túnel

Para o Safra, o BB Seguridade (BBSE3) divulgará resultados mistos, com boa melhora trimestral, mas queda na comparação anual na linha de seguros. 

“No entanto, esperamos uma perspectiva positiva à frente, refletindo o melhor cenário para a sinistralidade na Brasilseg e os resultados financeiros da Brasilprev”, completam.

Os analistas projetam lucro líquido de R$ 989 milhões. A cifra corresponde a uma redução de 9,7% no ano, embora seja 31,7% maior que a do segundo trimestre.

Já o Inter prevê resultados neutros para a BB Seguridade, com números aquém do normalizado, devido aos níveis de sinistros ainda altos na Brasilseg.

“Contudo, o ramo de corretagem pode continuar contribuindo bem para o balanço, devido ao bom desempenho comercial em seguros, principalmente no Rural”, completa.

O BB Seguridade divulga seus resultados no dia 8 de novembro.

Porto Seguro, resultados mais fracos

Pelas projeções do Safra, a Porto Seguro (PSSA3) mostrará resultados mais fracos, principalmente devido à reclamações mais altas em segmento de seguros de automóveis e menor resultado financeiro líquido.

O Safra projeta uma queda de 31,2% no lucro líquido da empresa, com um retorno sobre o patrimônio médio de 17,5% no período.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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