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IRB contrata Bradesco BBI e Itaú BBA para realizar aumento de capital

30 jun 2020, 9:56 - atualizado em 30 jun 2020, 9:56
IRB Brasil
Rescaldo: IRB ainda tem questões a resolver da gestão passada (Imagem: Facebook)

O IRB (IRBR3) contratou o Bradesco BBI e o Itaú BBA para estruturar um possível aumento de capital, com o objetivo de se enquadrar nas exigências da Susep (Superintendência de Seguros Privados). Como se sabe, a autarquia detectou insuficiência de recursos do IRB para cobrir as provisões técnicas exigidas.

Segundo o fato relevante divulgado nesta terça-feira (30), a resseguradora afirma que a capitalização “fortalecerá a estrutura de capital do IRB, bem como melhorará sua posição de caixa, à luz da estratégia financeira da companhia para os próximos anos.”

A empresa não informou o montante de recursos que pretende levantar com a capitalização, nem qual será o seu formato. Mas a reapresentação do balanço consolidado de 2019, em que corrige linhas importantes, dão uma pista.

Segundo o balanço reapresentado, os erros e omissões da gestão anterior impactaram o patrimônio líquido da companhia em R$ 696,134 milhões. Assim, o patrimônio originalmente informado era de R$ 4,641 bilhões. Na reapresentação, a cifra baixou para R$ 3,945 bilhões.

As linhas impactadas, na conta do patrimônio líquido, foram a reserva legal de lucros, que diminuiu R$ 27,7 milhões na reapresentação; a retenção de lucros, que encolheu R$ 1,053 bilhão; e a proposta de distribuição de dividendos, de R$ 764,5 milhões, que foi completamente zerada.

Resultados

O lucro líquido do IRB caiu 92% no primeiro trimestre de 2020, a R$ 13,874 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a resseguradora à CVM nesta terça-feira (30).

Os números de janeiro a março de 2019 foram revisados de R$ 350,427 milhões para R$ 177,895 milhões.

Veja o fato relevante divulgado nesta terça-feira (30).

Veja a reapresentação das demonstrações financeiras de 2019.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.