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IRB (IRBR3): Por que acreditar na volta por cima da empresa, segundo Barsi

27 abr 2022, 13:57 - atualizado em 27 abr 2022, 13:57
IRB
Megainvestidor defende que o IRB hoje é uma instituição em que se pode confiar. (Divulgação)

O IRB (IRBR3) será uma boa escolha para o investidor “daqui a um tempo”, mas não em dois dias, segundo Luiz Barsi, o megainvestidor que fez fortuna com dividendos

“Essa empresa, que deveria ter uma situação diferente da que tem hoje, tem dois grandes acionistas, o  Itaú [Unibanco] (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4). Então, eles têm a obrigação de reerguer a empresa”, disse nesta semana em entrevista ao Valor Econômico. 

A ação do IRB derreteu na bolsa desde o início da crise da covid-19, que coincidiu com o surgimento de indícios de irregularidades no balanço da companhia e, posteriormente, boatos sobre uma participação de Warren Buffett na empresa – que arruinaram a imagem da companhia no mercado.

Barsi, no entanto, defende que o IRB hoje é uma instituição em que se pode confiar. “São pessoas que se acredita que nunca fariam algo como o que foi feito anteriormente”, diz, em referência a maquiagem de resultados denunciada pela gestora Squadra em 2020.

“Você contrata um seguro no Bradesco ou no Itaú, e esse contrato de seguro não é bom. Por que o banco manteria esse contrato e não passaria para o IRB?”.

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Preço ‘forjado’

Barsi ainda lembrou que no Brasil, como em outros países, a bolsa permite que investidores aluguem ações e vendam os papéis no mercado. Para ele, a dinâmica cria uma pressão vendedora sobre determinados papéis e “o preço que se faz não é natural, é forjado”.

“Há empresas que estão com mais de 13% da base acionária alugada. Não temos uma estrutura de investidores capaz de suportar uma pressão dessa natureza”, afirmou.

A ação do IRB derrete 54% só nos últimos 12 meses, a R$ 2,82 – o papel chegou a ser cotado a R$ 41. A notícia ruim mais recente para a companhia foi a do resultado parcial de fevereiro.

A companhia teve prejuízo de R$ 50,9 milhões, reversão em relação ao lucro líquido de R$ 20,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

Para o Credit Suisse, caso o IRB não consiga voltar para território positivo nos próximos meses, a situação de capital vai ficar mais “apertada”.

O UBS BB disse em janeiro que esperava que a empresa registrasse um lucro líquido de R$ 425 milhões neste ano, ante projeção de prejuízo de R$ 335 milhões para 2021, apoiado pela normalização da sinistralidade e melhores resultados financeiros.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.