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IRB (IRBR3) salta na bolsa: BTG aproveita queda das ações e eleva recomendação; CEO quer tornar empresa ‘investível’ novamente

04 mar 2024, 15:40 - atualizado em 04 mar 2024, 15:40
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Na avaliação do time de análise do BTG, o IRB tem conseguido cumprir com suas promessas (Imagem: Divulgação/IRB Re)

Após três sessões de queda seguidas, o IRB (IRBR3) aproveita um dia de fortes ganhos na bolsa nesta segunda-feira (4). As ações da resseguradora disparavam 9,28% por volta das 15h35, valendo R$ 42,41 cada, tendo por trás a atualização de recomendação do BTG Pactual.

Na avaliação do time de análise do BTG, o IRB tem conseguido cumprir com suas promessas. A atualização da tese só ocorre agora por conta da queda recente do papel.

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O banco acabou rebaixando o nome a venda em julho de 2023, quando o preço das ações subiu “muito mais rápido que o resultado”.

“Desde então, a ação caiu ~22% (-13% no acumulado do ano), o que, combinado com a melhoria dos resultados, a inércia ‘positiva’ e uma retomada do crescimento, significa que não acreditamos mais que a ação seja uma venda, levando à nossa atualização”, explicam Eduardo Rosman e a equipe de analistas da casa.

Segundo o BTG, se a ação seguir a tendência de queda e o trabalho da gestão continuar dando frutos, existe espaço que a tendência para a tese melhore ao longo do ano.

Além da nova recomendação, o BTG elevou o preço-alvo de IRBR3 ao fim de 2024, de R$ 40 para R$ 44.

IRB está no caminho certo

Analistas do BTG conversaram com o CEO e o vice-presidente de Resseguros do IRB, respectivamente Marcos Falcão e Daniel Castillo.

A instituição saiu da reunião com os executivos com uma percepção positiva sobre a companhia. De acordo com o BTG, o CEO disse que a inércia no IRB “é finalmente positiva”. Para o banco, Falcão compartilhou que tem o objetivo de “tornar o IRB investível novamente”.

“O IRB fez várias mudanças estruturais no ano passado que facilitaram a identificação e priorização das contas mais estratégicas/lucrativas. Eles implementaram o orçamento base zero, o custeio baseado em atividades e dois programas de demissão voluntária e simplificaram a empresa em ambas as extremidades (número de funcionários e clientes), deixando de lado os funcionários que se sentiam desconfortáveis com a nova cultura”, listaram os analistas.

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Bom “colchão” de capital, mas IRB precisará de mais liquidez para crescer

Com um índice de solvência de 146% (números de 2023), o BTG avalia que o IRB está com uma posição de capital confortável. No entanto, para que a resseguradora dê continuidade ao seu plano de crescimento (a empresa pretende aumentar os prêmios no próximo ano), é preciso aumentar sua liquidez.

Segundo os analistas, se necessário, o IRB pode contrair mais dívidas – ou seja, eventualmente, lançar uma oferta subsequente de ações (follow-on).

No entanto, Falcão enfatizou que a administração só buscará mais emissão de ações se estiver confiante de que aumentará o lucro por ação.

Em relação às expectativas quanto ao balanço do quarto trimestre do ano passado, Falcão explicou ao BTG que o período foi impactado por eventos pontuais significativos, como aumento de sinistros por conta do furacão Otis e despesas do segundo programa de demissão voluntária.

“Excluindo apenas esses dois últimos efeitos, acreditamos que o lucro líquido do IRB no quarto trimestre teria sido de aproximadamente R$ 60 milhões (assumindo uma alíquota de imposto de 30%), crescendo 20% trimestre a trimestre”, diz o BTG.

Sobre 2024, o CEO do IRB também sinalizou que haverá um pequeno impacto do run-off/negócio legado nos resultados financeiros.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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