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IRB: mercado não faz a menor ideia do que acontece lá, por isso, fique longe das ações

26 maio 2020, 10:29 - atualizado em 26 maio 2020, 10:29
IRB Brasil
Zona cinzenta: ninguém sabe o que se passa por trás das paredes do IRB (Imagem: Facebook)

Poucas vezes, analistas de mercado cobram explicações claras de empresas, fora do tradicional calendário de teleconferências trimestrais. Mas, nos últimos tempos, o IRB (IRBR3) é cada vez mais demandado para esclarecer o que, afinal de contas, se passa com seus diretores e, principalmente, com seus números.

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O último a cobrar, com todas as letras, uma prestação de contas pública é o BTG Pactual (BPAC11). Em relatório enviado a clientes, nesta terça-feira (26), o banco se queixa da “baixa visibilidade” do que ocorrer nas entranhas da resseguradora.

A última vez que a companhia veio a público foi em março, e a próxima manifestação ocorrerá apenas em 18 de junho, quando divulgar o resultado do segundo trimestre.

Eduardo Rosman, Thomas Peredo e Ricardo Cavalieri, que assinam o relatório do BTG Pactual, lembram que fatos preocupantes vêm se acumulando rapidamente.

O último foi a saída do diretor de controladoria, Paulo da Rocha. Segundo a imprensa, o executivo foi demitido por “fraude contratual”. Embora o IRB confirme seu desligamento, não explicou o motivo.

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Rumores

O que se sabe, vendo a empresa de fora, é que quatro dos cinco executivos que assinavam os balanços deixaram o IRB nos últimos meses – Rocha foi o último. O BTG Pactual lembra que resta, agora, apenas um atuário que trabalha ali há 16 anos. Na falta de notícias, o banco presume que ainda esteja por lá.

Outro aspecto preocupante foi a renúncia do Itaú Unibanco (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) aos assentos que mantinham no conselho de administração.

O BTG Pactual acrescenta que a própria Susep, órgão federal responsável por fiscalizar o setor de seguros, admite que é difícil supervisionar as resseguradoras, devido às lacunas da legislação, sobretudo no que se refere a operações no exterior. Esse mercado representa 24% dos negócios do IRB.

O banco apoia a reestruturação conduzida pela nova diretoria, mas cobra explicações. “Achamos que o dia 18 de junho está muito longe.

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Seria importante para a empresa (e para suas ações) que realizassem uma teleconferência antes desta data para fornecer um feedback extremamente necessário do que está acontecendo”, dizem os analistas.

Até lá, o banco mantém sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 15. Ainda assim, isso significa um potencial de mais de 100% de valorização sobre a cotação usada como referência pelo banco.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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