IRB (Re) (IRBR3): S&P eleva rating para ‘brAAA’ por melhora em métricas de capital

A agência classificadora de riscos S&P Global elevou os ratings de crédito de emissor de longo prazo e de emissão atribuídos ao IRB(Re) (IRBR3) e às suas debêntures de “brAA+” para “brAAA”, mostra comunicado enviado ao mercado na quarta-feira (10).
Na prática, isso significa que a S&P colocou a resseguradora na maior nota da escala nacional brasileira. Quanto mais alta for a nota, menor é o risco avaliado de uma empresa não arcar com suas dívidas. Assim, a agência considera o risco de calote do IRB baixo.
Segundo o comunicado, o relatório divulgado pela agência aponta que a elevação do rating de crédito considera a “expectativa de capital regulatório confortavelmente acima dos montantes mínimos exigidos por conta de práticas mais conservadoras e operações mais rentáveis”.
A perspectiva do rating de emissor permanece estável, ou seja, a nota de crédito do IRB não deve ser alterada no curto prazo.
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“A perspectiva estável do rating de longo prazo indica nossa expectativa de que o rating permanecerá inalterado pelos próximos 12 meses, dado que, mesmo com uma eventual pressão sobre resultados e sinistralidade, esperamos que o IRB consiga manter boas métricas de capital”, diz a S&P.
Os analistas da agência apontam que o IRB tem melhorado sua eficiência operacional nos últimos anos por meio de diversas iniciativas, como reprecificação de contratos, cancelamento de apólices não rentáveis, políticas de subscrição mais rígidas, reestruturação de quadro de funcionários e novos investimentos em tecnologia.
“Essa remodelagem de negócios tem reduzido seu índice combinado que, conjuntamente com as receitas financeiras de seus investimentos, deve continuar melhorando os resultados, mesmo com uma possível retomada no ritmo de emissão de prêmios”, avalia a S&P.
Números recentes do IRB
Em meados de agosto, a IRB (Re) reportou lucro líquido de R$ 144 milhões referente ao segundo trimestre de 2025, crescimento de 120% em relação ao lucro apurado no mesmo período do ano passado, informou a empresa em relatório de resultados.
“O bom desempenho se deve, entre outros fatores, ao resultado financeiro e patrimonial de R$ 163 milhões e ao resultado de subscrição positivo de R$ 229 milhões”.
A resseguradora registrou um índice de sinistralidade de 51,9% no 2T25, 13 pontos percentuais abaixo do desempenho de um ano antes. Já os prêmios emitidos no período alcançaram R$ 1,343 bilhão, queda de 6,3% ante o segundo trimestre de 2024.
“No setor de resseguros, há sinais de maior oferta de capacidade em algumas linhas, mas o mercado ainda está ‘hard’. Já no mercado financeiro, as taxas de juros continuam elevadas. Estes fatores combinados geraram um retorno sobre o patrimônio líquido tangível da companhia de 23% (considerando os últimos 12 meses)”.