Itaú BBA retoma cobertura de Rumo (RAIL3); veja o preço-alvo para a ação
O Itaú BBA retomou a cobertura de Rumo (RAIL3) após um período de restrição com recomendação outperform (isto é, desempenho acima da média do mercado), embora tenha apresentado uma postura cautelosa sobre a ação.
O banco revisou seu modelo e cortou o preço-alvo para R$ 19 por papel contra R$ 21 anteriormente, o que representa potencial de valorização de aproximadamente 31% frente aos atuais R$ 14,53. Acompanhe o tempo real.
O BBA avaliou que o cenário para a empresa segue desafiador, com perspectiva de Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) de 2026 abaixo do consenso do mercado e geração de caixa livre projetada apenas para 2031.
Em relatório, a instituição destacou que o ambiente para grãos no Brasil segue pressionando os resultados da Rumo. Em regiões como Sorriso (MT), os preços da soja estão cerca de 15% abaixo do ano anterior, afetando a margem dos produtores e, consequentemente, a receita da companhia com tarifas de transporte.
“Agora prevemos um Ebitda de R$ 8,1 bilhões para 2026, uma redução de 7% em relação à nossa estimativa anterior e 12% abaixo das expectativas no início de 2025.”
Além disso, o banco apontou que a valorização atual da ação não é tão “atrativa”, com múltiplos como P/L de 15,5 vezes e EV/Ebitda de 6,1 vezes para 2026, sem considerar o alto volume de investimentos (Capex) da empresa.
Apesar disso, o BBA indicou dois fatores que podem sustentar o papel no curto prazo:
- Mudanças na estrutura acionária: BTG e Perfin passaram a integrar o grupo controlador da Rumo, e há expectativa de que a Ultrapar adquira 5% da companhia, o que pode gerar movimentações estratégicas e limitar a pressão negativa;
- Posicionamento de investidores: A ação ainda não está fortemente posicionada.
O relatório também ressaltou que o interesse em posições vendidas permanece alto, em 8% (contra 4% historicamente), apesar de já ter recuado de um pico recente de 12%.