Comprar ou vender?

Itaú (ITUB4) chegou ao teto? Não para BTG Pactual

17 jul 2025, 18:41 - atualizado em 17 jul 2025, 18:53
Itaú
O BTG argumenta que ainda não está incorporando ganhos de eficiência no modelo base (Imagem: iStock/Felipe Cruz)

O Itaú (ITUB4) foi e continua sendo um dos favoritos em carteiras de gestoras e investidores. Trimestre após trimestre, o banco entrega resultados fortes e que, no mínimo, batem a expectativa.

Tal retorno fez o banco disparar 40% no ano, renovando máximas e colocando um ponto de interrogação na cabeça do mercado: qual é o limite do Itaú?

Algumas casas trataram de rebaixar a ação, usando a falta de gatilhos como justificativa, como o UBS BB. Porém, isso ainda não é um problema para o BTG.

Em relatório, a corretora diz que o Itaú ainda tem espaço para crescer.

“De fato, vimos alguns investidores reduzindo posição, e muitos perguntando quando iremos rebaixar a ação para neutro. No entanto, com a recente correção no preço (10% abaixo do pico de meados de maio) e nossa convicção crescente de que os ganhos de eficiência devem acelerar bastante até 2028”, disse.

A recomendação é de compra com preço-alvo de R$ 40, potencial de alta de 11%. O BTG também reafirmou o Itaú como top pick (favorito) do setor financeiro.

Surpresas no lucro; por que não?

O BTG recorda que, dado o posicionamento dominante do Itaú no Brasil — uma economia com crescimento estruturalmente baixo do PIB (Produto Interno Bruto) —, o consenso do mercado atualmente projeta um CAGR (taxa composta de crescimento anual) de lucro de 9,6% até 2028.

Para contexto, o Itaú cresceu o EBT (lucro antes dos impostos) em 20% em 2024 e entregou 16% no primeiro trimestre (sobre uma base forte).

“As metas internas do banco são bastante ambiciosas. Até agora, o fechamento de agências resultou em apenas uma leve redução de quadro, mas acreditamos que isso está prestes a mudar.”

Até agora, o foco está totalmente voltado para melhorar o custo de atendimento, com a meta declarada de reduzir o índice de eficiência do varejo dos atuais 42% para 35% até 2028.

“Embora essa trajetória possa envolver alguma perda de receita ao longo do caminho, esperamos ver reduções nominais de custo ano após ano.”

Segundo as estimativas, isso implica um CAGR de lucro mais próximo de 13%-16%, com o lucro líquido de 2028 potencialmente pelo menos 10% acima do consenso.

Ganhos de eficiência do Itaú

No relatório, o BTG argumenta que ainda não está incorporando ganhos de eficiência no modelo base, “mas a mensagem principal deste relatório “para reflexão” é que vemos um risco de surpresa positiva nas estimativas do consenso”.

“Caso o Itaú consiga reduzir sua base de custos, o resultado seria uma franquia estruturalmente mais forte, com um custo de atendimento muito mais competitivo, o que poderia inclusive permitir acelerar o crescimento e ainda assim gerar valor (ROE acima do CoE – custo de capital do acionista)”.

Para o BTG, isso ampliaria sua vantagem em relação aos outros bancos e reforçaria a criação de valor no longo prazo.

A ação fechou em alta de 1,51%, a R$ 35,72.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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