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Itaú (ITUB4), BB (BBAS3), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4): Qual a melhor ação, após 1T23?

22 maio 2023, 19:53 - atualizado em 22 maio 2023, 19:53
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XP afirmou que vê “oportunidades atrativas no setor” e manteve Itaú e Banco do Brasil como preferências. (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Após a temporada de balanços do primeiro trimestre, analistas do mercado chamaram a atenção para os números de Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), que foram melhores do que os de Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4).

Itaú segue, no geral, como a ação preferida do setor, depois de alcançar o maior lucro já registrado em um primeiro trimestre entre os bancos de capital aberto listados na bolsa B3, segundo levantamento do TradeMap, com um valor de R$ 8,17 bilhões.

O banco adotou no último ano uma estratégia de crescimento que prioriza linhas com mais garantia, com spreads menores, sublinhou a analista Larissa Quaresma, da Empiricus. “A gente vê uma certa pressão no spread médio, mas melhora no spread após o risco. A estratégia é rentável para o banco”.

A analista afirmou que Santander e Bradesco ainda sofrem com inadimplência crescente, com “provisões para perda de crédito que só aumentam”. Além disso, disse, a linha final dos dois bancos é ajudada pela alíquota de imposto de renda menor. Quaresma reiterou a preferência pela ação do Itaú.

Para o BB Investimentos, que também tem a ação do Itaú como preferida, o resultado do banco foi “marcado por dinâmicas similares às dos trimestres anteriores” (excluindo o impacto não recorrente de Americanas no 4T22), com forte receita de juros das operações de crédito, bom desenvolvimento de carteira e receitas de serviços, e com a inadimplência em estabilidade.

A “cereja do bolo” dos números apresentados pelo banco foi a estabilidade da inadimplência geral no trimestre, que foi de 2,9%, um leve aumento de 0,3 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior, disse o BB em relatório assinado por Rafael Reis.

‘Resultados mistos’

A XP Investimentos disse que a temporada mostrou resultados “mistos”, com as receitas dos bancos afetadas em meio a um aumento de eficiência por conta do contexto de juros e inflação elevados.

“Em relação aos bancos incumbentes, embora todos tenham aumentado as provisões, alguns deles ainda conseguiram apresentar resultados resilientes e lucratividade sólida (como Itaú e BB), enquanto outros mostraram NII mais fraco e aumento dos NPLs”, destacou.

A XP afirmou que vê “oportunidades atrativas no setor” e manteve Itaú e Banco do Brasil como preferências.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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