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Jatahy e Birman ‘fazem as pazes’ e chegam a acordo na Azzas 2154 (AZZA3); ações sobem 5%

30 jun 2025, 11:49 - atualizado em 30 jun 2025, 11:49
azzas 2154
Alexandre Birman e Roberto Jatahy selam a paz na Azzas 2154 e afirmam que foco agora é na execução (Imagem: Imagem: Reprodução/Instagram)

Após muito circular sobre um possível divórcio com menos de um ano de “casamento” entre as gigantes Arezzo e Grupo Soma, que juntas se tornaram a Azzas 2154 (AZZA3), os acionistas de referência, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, “fizeram as pazes” ao colocar o acordo de acionistas na gaveta.

Na manhã desta segunda-feira (30), a varejista anunciou uma proposta para mudanças no seu conselho de administração, em um acordo dos executivos sobre a governança da companhia.

Entre as mudanças está a redução do número de membros de nove para sete. Além disso, houve a eleição de Nicola Calicchio Neto como membro independente e novo presidente, em vista do pedido de renúncia de Pedro Pullen Parente.

Marcel Sapir, que já ocupa posição de conselheiro, foi indicado como vice-presidente, após a renúncia de Anna Andrea Votta Alves Chaia do cargo e ocorreu também a renúncia de José Ernesto Beni Bologna.

Importante ressaltar que as mudanças ainda devem passar por deliberação em assembleia geral extraordinária de acionistas.

As ações AZZA3 abriram o pregão em queda, no entanto, por volta de 10h35 (horário de Brasília) viraram para alta. Às 11h35, o papel saltava 5,50%, a R$ 43,33. Acompanhe o tempo real.



A paz se estabeleceu na Azzas 2154?

Em teleconferência nesta segunda-feira, após a divulgação do fato relevante, Alexandre Birman e Roberto Jatahy buscaram afastar o sentimento de um possível “divórcio” entre os empresários, após o assunto ganhar força em meados de março neste ano.

Questões relacionadas à forma de gestão e ceder a autonomia que detinham à frente de seus respectivos negócios foram entraves para os empresários — o que vinha travando também a integração das companhias, combinadas em agosto de 2024.

Segundo Jahary a elaboração do acordo de acionistas ocorreu com um viés protecionista que era muito presente no Grupo Soma. “Eu particularmente tive muita preocupação com isso porque vi muitas empresas sendo de alguma forma destruída por conta de intervenções futuras”, disse.

O executivo admitiu que diferenças geraram muito atrito entre ele e Birman, e que questões que pensavam ser fáceis acabaram se mostrando difíceis.

“Esse acordo de acionistas não faz o menor sentido operacionalmente para a empresa. É um bloqueio do potencial da companhia”, disse Jatahy.

Com isso, o acordo, segundo as falas do executivo, apesar de não ter sido diretamente alterado, agora está “na gaveta”.

“Um termo do nosso acordo de acionista que levamos ao pé da letra e que nem será a utilizado mais era ter uma reunião prévia para os assuntos e nem chegavam no conselho”, exemplificou Birman. 

“A pior coisa que a gente fez foi andar esse primeiro ano olhando o acordo de acionistas”, declarou Roberto Jatahy.

A mensagem deixada pelos executivos agora é de foco na execução e aceleração da integração, uma vez que vinha ocorrendo em um ritmo muito menor do que deveria devido aos atritos. 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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