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JBS quebra ciclo de resultados positivos, mas não perde a confiança dos analistas

15 maio 2020, 14:20 - atualizado em 15 maio 2020, 14:30
JBS
Apesar de um balanço ruim e uma perspectiva ainda pior para o segundo trimestre, o BB permanece otimista com a JBS (Imagem: JBS/Imprensa)

A JBS (JBSS3) interrompeu o ciclo de resultados positivos e iniciou o ano de 2020 com um desempenho fraco, na avaliação dos analistas. A empresa frigorífica encerrou o primeiro trimestre com prejuízo de R$ 5,9 bilhões contra um lucro de R$ 1 bilhão no mesmo período do ano passado.

“O desempenho positivo no Brasil compensou parcialmente os resultados nos Estados Unidos”, destacou Luciana Carvalho, do BB Investimentos. “Ainda assim, apesar do aumento de 23% do Ebitda na comparação ano a ano, maiores custos levaram a margem para 6,9% de 7,2% no primeiro trimestre de 2019”.

O BB enxerga um cenário mais desafiador para a empresa no curto prazo devido aos impactos da pandemia de covid-19 sobre o setor.

“Vamos monitorar de perto os fechamentos das plantas e o absenteísmo, que podem afetar a produção da empresa e aumentar o custo de produção, principalmente no país norte-americano”, acrescentou Carvalho.

Mesmo diante de um balanço ruim, o BB permanece otimista com a JBS. O banco apontou os fundamentos sólidos da companhia e sua diversificação geográfica e de portfólio.

Seara, o destaque positivo do trimestre

O BTG Pactual (BPAC11) adotou uma opinião parecida com o do BB, chamando atenção pelo lado negativo para o consumo de caixa de R$ 971 milhões.

Os resultados da Seara vieram ainda mais fortes do que a projeção mais otimista, afirmaram os analistas do BTG (Imagem: Pexels)

Os números da Seara, por outro lado, surpreenderam positivamente os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin.

“Os resultados vieram ainda mais fortes do que a projeção mais otimista, com o Ebitda 30% acima das nossas estimativas e uma margem impressionante de 16,9%”, destacaram. Isso indica que os volumes no mercado doméstico permanecem fortes.

Em relação aos segmentos mais tímidos do período, como as carnes bovina e suína americanas, o BTG vê espaço para uma melhora considerável já entre abril e junho deste ano.

“O segundo trimestre deve ser uma temporada bem mais forte para ambas as divisões, com spreads no mercado doméstico dos Estados Unidos aumentando, puxados pela alta dos preços das carnes e pela baixa nos custos de gado”, afirmaram Duarte e Brustolin.

Principal escolha do setor

Adotando uma perspectiva mais confiante para os próximos trimestres do ano, o BTG reiterou sua preferência pelo papel no setor de alimentos e bebidas. A recomendação é de compra, com preço-alvo em 12 meses de R$ 35.

A JBS também permanece como principal escolha para a Ágora Investimentos, que continua enxergando benefícios para a frigorífica com a consistência da oferta e da demanda global de proteína. A corretora recomenda compra, com preço-alvo de R$ 28.

O BB tem recomendação de outperform para a ação. O preço-alvo indicado é de R$ 33.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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