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João Hazim: entenda os números da Ethereum e de que maneira o ETH é considerado um utility token

28 jan 2020, 13:30 - atualizado em 28 out 2020, 23:09
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É necessário saber do que se trata a Ethereum, qual função tem o seu token e por que ele é um ótimo ativo de investimento (Imagem: Freepik/vectorpouch)

Para começar a pensar na possibilidade de investir no token da Ethereum, é fundamental, em primeiro lugar, entender do que o projeto se trata. Tratamos sobre isso no primeiro artigo desta série.

Para seguir com essa avaliação, o seguinte passo é entender que função tem o token ETH.

Para fim, é fundamental conhecer os números, não só para complementar o entendimento a respeito da estratégia do time e da utilidade do token, mas também para avaliar, com mais propriedade, a coerência do valor do ativo.

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Ether (ETH) é a criptomoeda com a qual tudo é executado na Ethereum; quando se fala de ether e ethereum classic (ETC), fala-se sobre o valor do ether em seu blockchain respectivo (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

Para que serve o token da Ethereum, o ether (ETH)

É importante explicar, especialmente para quem está chegando agora, que o token da Ethereum é conhecido como ether e que o seu símbolo (utilizado por corretoras, sites e carteiras) é ETH.

E antes de seguir em frente, já respondendo o título do artigo: o ETH tem, sim, utilidade. Na verdade, até mais de uma. Vamos às principais?

Em primeiro lugar, o ETH, que é um token nativo do tipo ERC-20 (tokens construídos a partir da blockchain do Ethereum), tem como principal utilidade ser como um combustível para a execução e consequente conclusão de transações. Ou seja, toda carteira ERC-20 (que armazena tokens ERC-20) precisa ter ETH disponível para enviar criptoativos. Como isso funciona?

Cada vez que uma transação é executada, você escolhe quanto de “gás” quer pagar para executá-la. Quanto menos gás você escolhe, menos ETH você gasta, mas, por consequência, mais tempo será necessário para que a transação seja concluída.

E o contrário também acontece: se você aumenta o gás da transação, mais ETH você gasta, mas mais rápida é a confirmação da transação.

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ETH é usado como garantia para empréstimo de tokens ERC-20 no setor de finanças descentralizadas (Imagem: Freepik)

É importante lembrar: muitos projetos promissores desse mercado são tokens ERC-20, ou seja, construídos a partir da plataforma da Ethereum. Por serem tokens desse tipo, existe grande demanda por ETH (já que ele é necessário para a conclusão de envios e, consequentemente, de recebimentos).

Outra utilidade interessante e que tem chamado muito a atenção é a utilização do ETH como garantia para empréstimo de tokens ERC-20 no setor de finanças descentralizadas.

Resumidamente falando, projetos DeFi (aplicações financeiras descentralizadas) têm aceito o ETH como garantia (“collateral”) para empréstimos a terceiros.

Quando você “tranca” (“lock”) seus ETHs numa plataforma que tem essa finalidade, você recebe um percentual das transações como recompensa. Como muitas pessoas buscam fontes de renda passiva, utilizar o ETH como garantia numa dessas plataformas pode ser uma forma interessante de investimento (desde que o percentual em troca seja atrativo se comparado com outras classes de ativos).

Sobre isso, é importante alertar: a maior parte desses projetos pagam um taxa pelo empréstimo desde que você deixe seus criptoativos custodiados por terceiros. Isso representa, e sempre representará, um risco. Lembrem-se: “not your keys, not your coins” (não são suas chaves, então não são suas moedas).

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Taxa de empréstimo para custódia sempre irá apresentar um risco; avalie-o e veja se faz sentido para seu investimento (Imagem: Unsplash/@denarium_bitcoin)

Para avaliar a lógica da utilidade de um criptoativo, é fundamental saber se os números que o compõem são coerentes com a estratégia do negócio

Nem só de entendimento teórico vive um criptoativo. Em primeiro lugar, depois de entendidas as utilidades do token, é fundamental verificar se os números atendem o objetivo do projeto.

Por exemplo, um token que não possui um limite de emissão (que é o caso do ETH no dia de hoje) poderia ser considerado um investimento ruim ou pelo menos um ativo difícil de avaliar, certo?

Mas e nesse caso, onde o token será utilizado como combustível para a execução de transações de diversos criptoativos promissores? Será que, num caso como esse, ter uma emissão sem limites (mas com regras) não faz sentido?

Para que cada pessoa possa avaliar essa questão de maneira independente, preparamos uma tabela com algumas informações interessantes a respeito do ETH:

Bloco Gênesis: 30/07/2015

Preço de lançamento: US$3

Preço atual: US$130,59 (30/12/2019)

Ethereum ROI: 5914,39%

Preço Histórico:

  • Máxima: US$1.431,77 (13/01/2018)
  • Mínima: US$ 0,43 (21/10/2015)

Market Rank: #2

Suprimento Circulante:  108.973.880 (109 milhões de tokens)

Taxa de Inflação Líquida (próximos 12 meses): 4,42%

Suprimento Total: Não Existe

Tipo de consenso: Híbrido (PoW + PoS)

Nº de moedas mínimo para node/stake: 32 ETH (à confirmar)

Nº de endereços ativos: + de 1.999.999,00 (segundo Etherscan)

Com essas informações em mãos, DO YOUR OWN RESEARCH!

Se estamos mesmo próximos de uma nova bull run, entender a Ethereum pode ajudar bastante na hora de montar um bom portfólio.

João Hazim é administrador e especialista em varejo de bens e serviços. Nascido em Florianópolis é, desde sempre, um heavy user de assuntos e produtos ligados à tecnologia. Desde 2017, está envolvido em projetos ligados a criptoativos e blockchain por enxergar muito valor nesse mercado. É cofundador de projetos como o Criptotermos e a EscolaCripto.

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Cofundador do EscolaCripto
É administrador e especialista em varejo de bens e serviços. Nascido em Florianópolis é, desde sempre, um heavy user de assuntos e produtos ligados à tecnologia. Desde 2017, está envolvido em projetos ligados a criptoativos e blockchain por enxergar muito valor nesse mercado. É cofundador de projetos como o Criptotermos e a EscolaCripto.
joao.hazim@moneytimes.com.br
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