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Jovem prodígio pagava luxos com esquema Ponzi em criptomoedas

15 fev 2021, 17:03 - atualizado em 12 fev 2021, 18:41
Criptmoedas
Animado pela confiança juvenil, Qin, um autoproclamado prodígio da matemática da Austrália, deixou a faculdade em 2016 (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

Stefan Qin tinha apenas 19 anos quando afirmou ter o segredo da negociação de criptomoedas.

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Animado pela confiança juvenil, Qin, um autoproclamado prodígio da matemática da Austrália, deixou a faculdade em 2016 para lançar um fundo de hedge em Nova York que chamou de Virgil Capital.

Ele disse a clientes potenciais que havia desenvolvido um algoritmo chamado Tenjin para monitorar as trocas de criptomoedas ao redor do mundo e lucrar com as oscilações de preços.

Pouco mais de um ano após o lançamento, se gabava de que o fundo havia retornado 500%, alegação que gerou um fluxo de capital novo de investidores.

Qin ganhou tanto dinheiro que assinou um contrato de aluguel de US$ 23 mil por mês em setembro de 2019 por um apartamento no 50 West, um condomínio de luxo de 64 andares no distrito financeiro com amplas vista de Manhattan, bem como piscina, sauna, banheira de hidromassagem e simulador de golfe.

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Na verdade, segundo promotores federais, a operação era uma mentira, essencialmente um esquema Ponzi que levou cerca de US$ 90 milhões de mais de 100 investidores que ajudaram a pagar pelo estilo de vida luxuoso de Qin e seus investimentos pessoais em apostas de alto risco como ofertas iniciais de moedas.

A certa altura, ao enfrentar as demandas dos clientes por dinheiro, ele culpou a “má gestão do fluxo de caixa” e “agiotas na China” por seus problemas. Na semana passada, Qin, agora com 24 anos e expressando remorso, se declarou culpado em um tribunal federal de Manhattan por uma única acusação de fraude de valores mobiliários.

“Eu sabia que o que estava fazendo era errado e ilegal”, disse Qin à juíza distrital dos Estados Unidos Valerie E. Caproni, que pode condená-lo a mais de 15 anos de prisão. “Lamento profundamente minhas ações e vou passar o resto da vida expiando o que fiz. Lamento profundamente o dano que meu comportamento egoísta causou aos meus investidores que confiaram em mim, meus funcionários e minha família.”

Investidores ávidos

O caso ecoa fraudes semelhantes com criptomoedas, como a da BitConnect, com promessas de retorno de dois ou três dígitos que causaram perdas de bilhões a investidores. Esquemas Ponzi desse tipo mostram como investidores ávidos por lucrar em um mercado aquecido podem ser facilmente enganados por promessas de grandes retornos. A bolsa canadense QuadrigaCX colapsou em 2019 devido a uma fraude, causando pelo menos US$ 125 milhões em perdas para 76 mil investidores.

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Embora a supervisão regulatória do setor de criptomoedas esteja aumentando, o segmento está repleto de participantes inexperientes. Vários dos cerca de 800 fundos de criptomedas em todo o mundo são administrados por pessoas sem nenhum conhecimento de Wall Street ou finanças, incluindo alguns estudantes universitários e recém-formados que lançaram fundos há alguns anos.

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