Internacional

JP Morgan vê 60% de risco de recessão global e dos EUA após tarifaço de Trump

04 abr 2025, 10:18 - atualizado em 04 abr 2025, 10:18
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Para o JP Morgan a probabilidade de recessão da economia dos EUA e global foi a 60% com as tarifas anunciadas por Donald Trump. (Foto: Reuters/Leah Millis)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou o mercado em alerta sobre a possibilidade de uma crise econômica global com a imposição de tarifas para todos os parceiros comerciais dos EUA.

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Para o JP Morgan a probabilidade de recessão na economia americana e, consequentemente, na economia global, foi elevada de 40% para 60% após o anúncio da medida tarifária.

“As políticas disruptivas dos EUA foram reconhecidas como o maior risco para as perspectivas globais durante todo o ano”, disse Bruce Kasman, economista-chefe e chefe de pesquisa econômica global do JPMorgan.

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O banco considera a implementação das medidas anunciadas por Trump como um forte choque macroeconômico, que não estava incorporado nas previsões.

A análise deixa em aberto a possibilidade de que as medidas sejam ao menos parcialmente revertidas, mas se seguirem da forma anunciada, a recessão será iminente.

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A expectativa do JP Morgan para 2025 era que o governo Trump agiria agressivamente em várias frentes, mas considerava que o presidente cumpriria o compromisso de apoiar os negócios e a vida da expansão econômica.

No entanto, “a combinação de políticas dos EUA parece estar se afastando ainda mais do apoio à expansão atual da economia”, disse Kasman.

O JP Morgan considera que as medidas implementadas em sua totalidade devem causar o maior aumento de impostos sobre as famílias e empresas do país desde 1968, que precedeu a recessão de 1969-70.

Tarifaço de Trump

A política de “reciprocidade tarifária” de Trump foi anunciada na última quarta-feira (2) e veio com a imposição de tarifa mínima de 10% para todas as importações do país, com a mão ainda mais pesada para China e União Europeia.

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Ao todo, 185 países serão taxados a partir da próxima semana. As maiores tarifas, de 50%, serão aplicadas a Lesoto e Saint-Pierre e Miquelon. No entanto, a maioria — incluindo o Brasil — será atingida pela taxa mínima de 10%.

As tarifas não foram definidas com base em estudos individuais por país ou produto, mas sim por meio de uma fórmula única para todos os mercados. O cálculo envolve duas etapas: primeiro, foi estabelecido um percentual mínimo de 10% sobre as importações de todos os países.

Em seguida, o governo Trump adotou uma tarifa adicional, equivalente à metade da relação entre o déficit comercial dos EUA com determinado país e o total de importações desse país. Confira aqui.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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