Comprar ou vender?

JSL não deve fazer loucuras para comprar Tegma, alerta Ágora

19 jul 2021, 18:16 - atualizado em 19 jul 2021, 22:20
Os detalhes da votação mostram que, embora a maioria dos conselheiros vejam valor estratégico na combinação de negócios da Tegma e JSL, eles votaram contra o negócio por causa do valuation (Imagem: Divulgação/Tegma)

A Tegma (TGMA3) recusou a oferta de fusão com a JSL (JSLG3), mas deixou as portas abertas para propostas mais vantajosas.

Os detalhes da votação mostram que, embora a maioria dos conselheiros vejam valor estratégico na combinação de negócios da Tegma e JSL, eles votaram contra o negócio por causa do valuation.

A JSL disse em fato relevante nesta segunda-feira que no prazo de 15 dias não foi convidada a se reunir com a Tegma e seus assessores para apresentar, em detalhes, o racional, os méritos da operação e potenciais sinergias.

A empresa também acrescentou que não houve oportunidade para demonstrar o preço justo das ações da JSL que seriam dadas como parte relevante do pagamento.

Em virtude do caráter definitivo da proposta, a JSL afirmou que seguirá executando seu planejamento estratégico, seja de maneira orgânica ou através de aquisições.

Para a Ágora, se caso fosse aprovada, a fusão poderia acrescentar R$ 1,90 para a Simpar (SIMH3), holding que controla a JSL.

Por outro lado, a corretora ponderou que Simpar e a JSL necessitam manter a disciplina financeira e nenhuma contra-oferta deve ser feita.

“A JSL tem uma longa lista de alvos de fusões e aquisições e a empresa agora passará para seu próximo alvo de aquisição”, completou.

Na visão do analista da Guide Investimentos Luis Sales, a notícia é marginalmente negativa, mas o ‘não’ da Tegma era a decisão mais provável dada a oferta feita pela JSL.

“O prêmio que seria pago não foi considerado suficientemente atraente, representando 4% do valor dos papéis da Tegma na época, o que levará a JSL a buscar empresas menores no pulverizado setor, para continuar com a sua estratégia de crescimento inorgânico.”

Apesar de possíveis sinergias com o acordo, acrescentou, a Tegma está bem posicionada, sendo líder em logística de veículos pesados novos para praticamente todas as montadoras instaladas no país e principais importadoras.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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