Mercados

Juros DI abrem com viés misto após Copom elevar Selic a 11,75% ao ano

17 mar 2022, 9:36 - atualizado em 17 mar 2022, 9:57
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Juros futuros (DI) cedem na abertura desta quinta-feira (17), reagindo à decisão de política monetária no Brasil (Imagem: Mehaniq)

Os contratos de juros futuros (DI) abrem o pregão com sentimento misto nesta manhã de quinta-feira (17), reagindo a Super Quarta que trouxe a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano.

A última vez em que a Selic esteve na casa dos dois dígitos foi no ano de 2016. Quando o ex-presidente Michel Temer (MDB) assumiu o governo após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a taxa básica de juros estava em 14,25%.

A escalada de altas da taxa de juros tem sido uma resposta do Banco Central à inflação, que superou o previsto, e agora passa a ter mais um elemento a ser considerado: os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia em todo o mundo.

“O tom do Copom, menos duro que o esperado, não ameniza o fato de que a redução da Selic que era prevista para o segundo semestre de 2022, se consolidou apenas para 2023 como o cenário mais provável, sinalizando também novas altas”, afirma Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

Mediante a esse cenário de juros cada vez maiores mundo afora, o investimento em renda fixa se torna cada vez mais atrativo.

Juros DI

Por volta das 9h25, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia para 12,98%, queda de 0,73% ante o ajuste anterior.

O título com vencimento para janeiro de 2025 subia 12,98%, tinha ligeira alta de 0,12%.

No mesmo instante, o contrato de juros futuro com vencimento em janeiro de 2027 subia para 12,25%, avanço de 0,66%.

A curva futura de juros mais curta está mais pressionada após alta da Selic do que a ponta mais longa.

Tresuaries

Já os tresuaries, títulos públicos dos EUA, com vencimento em 10 anos cediam 1,24% no ajuste anterior, com rendimento de 2,16% ao ano, diante do Federal Reserve (Fed) ter elevado os juros no país em 0,25 pp, a primeira subida desde 2018.

O anúncio veio em linha com a expectativas do mercado.

Seria o início do ciclo de alta de juros na maior potência econômica do planeta, com investidores atentos a falas do Jerome Powell, chairman do Fed, que possam indicar se ainda virão mais cinco ou seis altas de juros pela frente.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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