Juros DI abrem o dia em alta seguindo disparada dos tresuaries de 10 anos dos EUA

Os contratos de juros futuros (DI) operam com viés de alta nesta manhã de quarta-feira (5), que acompanha o movimento de disparada dos rendimentos do tresuaries de 10 anos dos Estados Unidos.

O tom mais hawkish (agressivo) adotado por membros do Federal Reserve (banco central dos EUA) sobre o ciclo de alta de juros no país dá pistas ao mercado de que a taxa básica de juros do país deve encostar em 2,5% ao ano.

No comentário da Ativa Investimentos, o foco de hoje gira em torno da divulgação da Ata do Fomc, que apesar de ter referencia em dados relativamente “não tão recentes”, trará maiores informações sobre a ótica da autoridade sobre a perspectiva econômica.

IGP-DI acima do esperado

Outro fator que tem pressionado a curva futura de juros é a divulgação do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou a subir 2,37% em março, ante alta de 1,50% em fevereiro.

De acordo com a FGV, responsável pela divulgação do indicador, a disparada dos derivados de petróleo pesaram no IGP-DI no mês passado, aumentando a pressão tanto no atacado quanto no varejo.

O resultado ficou acima de nossa projeção de 2,04% e da mediana das expectativas de mercado em 2,10%, com intervalo de previsões de 1,77% a 2,42%, de acordo com o levantamento da Agência Estado.

Juros DI

Por volta das 9h50, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia para 12,75% ao ano, alta de 0,24% ante o ajuste anterior.

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O título com vencimento para janeiro de 2025 subia 11,40% ao ano, avanço de 0,71%.

No mesmo instante, o contrato de juros futuro com vencimento em janeiro de 2027 subia para 11,14% ao ano, acréscimo de 0,72%.

Tresuaries

Os tresuaries, títulos públicos dos Estados Unidos, com vencimento em 10 anos saltavam 2,88% ante o ajuste anterior, com rendimento de 2,62% ao ano.

Segundo a MCM Consultores, os juros dos Treasury Bonds avançam e impactam negativamente nas principais bolsas mundiais. O barril de petróleo volta a ficar pressionado, enquanto os mercados de moedas operam estáveis.