Juros DI curtos precificam tom mais agressivo contra inflação na ata do Copom

Os contratos de juros futuros com vencimentos mais curtos já precificam nesta terça-feira (8) o tom mais hawkish (agressivo) na ata do Copom contra a inflação, intensidade que não era esperada pelo mercado.

O Comitê de Politica Monetária notou, conforme o documento, que mesmo políticas fiscais que tenham efeitos baixistas sobre a inflação no curto prazo podem causar deterioração nos prêmios de risco, aumento das expectativas de inflação e, consequentemente, um efeito altista na inflação prospectiva.

Na avaliação da Ativa Investimentos, a ata do Copom foi relativamente em linha com o comunicado, mas as diferenças apontam para algo mais hawkish do que precificado anteriormente.

“O Banco Central sinalizou que para buscar a convergência das expectativas de inflação para meta, a autoridade deveria ter um ciclo mais austero do que o precificado pelo boletim focus“, aponta Étore Sanchez, economista-chefe da corretora.

Na prática, os contratos futuros de juros mais curtos operam em alta diante de mais subidas da taxa Selic.

Por volta das 10h25, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia para 12,12%, salto de 1,17% no ajuste anterior.

O título com vencimento para janeiro de 2025 subia 11,09%, valorização de 0,64%.

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No mesmo instante, o contrato de juros futuro com vencimento em janeiro de 2027 subia para 11,17%, tinha ligeira alta de 0,27% ante o valor segunda-feira (7).

Já os tresuaries, títulos públicos dos EUA, com vencimento em 10 anos subiam 1,3% no ajuste anterior, com rendimento de 1,94% ao ano.