Economia

Juros no Brasil estão altos demais, avaliam sócios-fundadores da JGP, Verde Asset e SPX Capital; entenda 

06 fev 2024, 14:55 - atualizado em 06 fev 2024, 14:55
juros
Juros estão muito elevados, avaliam sócios-fundadores de grandes gestoras (Imagem: Mehaniq)

Os juros no Brasil estão muito elevados, avaliam os sócios-fundadores de três grandes gestoras: a JGP, Verde Asset e SPX Capital. 

Durante o CEO Conference, evento organizado pelo BTG Pactual, André Jarkurski, Luís Stuhlberger e Rogério Xavier comentaram sobre o cenário econômico global, além de apontarem o impacto do alto patamar da Selic na Bolsa brasileira.

Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, avalia que os bancos centrais ao redor do mundo têm adotado um tom muito conservador no que se refere aos juros.

Neste cenário, destacou que o Banco Central brasileiro, liderado por Roberto Campos Neto, tem feito um bom trabalho ao tentar reduzir o nível de aperto inflacionário, mas destaca que o patamar está elevado.

Apesar disso, Xavier reconhece o trabalho em relação à meta de inflação. “Eu jamais no meu melhor sonho esperava que o BC ia fazer a meta em 2023, tenho que tirar o chapéu”.

Em linha, Luís Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, afirma que bancos centrais estão sendo muito “lerdos” para reduzir juros.

Em relação ao impacto na Bolsa, André Jarkurski, sócio-fundador da JGP, avalia que o grande problema é o fluxo. Para ele, conforme as taxas de juros caírem, esse cenário deve mudar.

Vale lembrar que a B3 registrou em janeiro um número para lá de negativo no fluxo de estrangeiros. Foram R$ 8,2 bilhões em retiradas só no primeiro mês do ano. No mesmo período, o Ibovespa acumulou perdas de quase 5%.

Xavier, da SPX, também destaca o alto patamar dos juros e pondera que o Brasil vai andar com o resto do mundo, de maneira que, se o mundo vai bem, o país também vai.

O que falta para o Banco Central acelerar corte nos juros?

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também marcou presença no evento desta terça-feira (6), onde destacou que a desinflação brasileira está dentro do previsto pela autoridade monetária, mas que os núcleos de serviços estão marginalmente altos.

Além disso, ele apontou que é difícil pensar em uma convergência para metas de inflação sem a queda dos preços de serviços. Agora, se as expectativas se mantiverem mais equilibradas, isso proporciona a possibilidade de mais cortes de juros.

O presidente do BC ainda disse que o objetivo da autoridade monetária é encerrar o ciclo de corte de juros com a Selic no menor patamar possível. No entanto, o Banco Central não quer levar a taxa para um nível que comprometa a estabilização da inflação.

* Com Juliana Américo

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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