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Juros nos EUA: XP vê próxima alta de 0,50 pp, mas não descarta apenas 0,25 pp em novembro

21 set 2022, 16:59 - atualizado em 21 set 2022, 16:59
Jerome Powell
Federal Reserve deve reduzir ritmo de alta na taxa de juros nos EUA, após promover neste mês um terceiro aumento seguido de 0,75 ponto percentual (Imagem: Federal Reserve/ Flickr)

O Federal Reserve elevou a taxa de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual (pp) pela terceira vez seguida hoje, mas deve reduzir o ritmo de alta já na próxima reunião. Para a equipe de estratégia macro global da XP Investimentos, o próximo aumento do Fed, em novembro, deve ser de 0,50 pp.

Porém, o aperto pode ser ainda menor, de 0,25 pp. Mas tudo vai depender dos números da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que saem antes do penúltimo encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) deste ano. 

“Por enquanto, mantém-se a aposta de que é mais provável que o Fed eleve a taxa de juros em 0,50 pp em novembro”, diz a equipe, em comentário. “Mas uma surpresa positiva com o núcleo do CPI antes da reunião pode trazer o movimento de 0,25 pp de volta à mesa”, emenda. 

Nunca antes na história dos EUA…

O time de estratégia macro da XP lembra que uma alta de 0,75 pp representa um aperto muito relevante. O que dizer, então, em relação a uma carga acumulada de três altas nessa dose, totalizando 2,25 pp.

Considerando o histórico da política monetária nos EUA, entre 1990 e 2021, o Fed alterou a taxa de juros em 92 ocasiões. Porém, em apenas quatro dessas vezes, o movimento foi de alta de 0,75 pp. Já um movimento de 1 ponto ou mais ocorreu apenas uma vez, no mesmo período. 

“Portanto, esse ritmo de aperto sem precedentes aumenta o risco de o Fed ‘apertar demais’”, avalia a XP. Por isso, a corretora avalia que sinais “esmagadores” de redução das pressões inflacionárias tendem a diminuir o ritmo de alta dos juros nos EUA.

Dezembro em aberto

Com isso, a XP Investimentos mantém em aberto a estimativa de alta na taxa de juros norte-americana na última reunião de 2022, em dezembro. Para o time de estratégia, tal decisão será dependente dos dados econômicos. 

“Os indicadores do setor imobiliário devem ser bastante ruins na ocasião e o crescimento do emprego já terá se desacelerado materialmente, com os dados de inflação provavelmente se mostrando muito mais benevolentes”, prevê a equipe.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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