Criptomoedas

Justiça bloqueia R$ 726 mil do Grupo Bitcoin Banco por atraso em resgate

05 jun 2019, 16:50 - atualizado em 05 jun 2019, 16:50
Bitcoin
Decisão veio após um investidor pedir a tutela antecipada das contas sob alegação de que não conseguiu fazer o resgate em reais de seus Bitcoins desde 21 de maio

Por Arena do Pavini

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 726 mil em contas de empresas do grupo Bitcoin Banco e de seu controlador, Claudio José de Oliveira, após um investidor pedir a tutela antecipada das contas sob alegação de que não conseguiu fazer o resgate em reais de seus Bitcoins desde 21 de maio.

O cliente diz que é investidor cadastrado junto às empresas negociadoras de criptomoedas do grupo, controlado pela CLO Participações. Foram bloqueadas, além das contas da CLO Participações e de Oliveira, as das empresas NegocieCoins, e BitCurrency Moedas Digitais. Segundo o cliente, as corretoras digitais não autorizaram as transferências, alegando que as operações estavam temporariamente suspensas.

Em sua decisão, o juiz Carlos Fakiani Macatti, de Barretos, chama a atenção que há urgência no pedido, pois há perigo de dano, consistente em perda do patrimônio do requerente. “Ademais, verifica-se que todas as empresas, bem como a pessoa física, apontados no polo passivo da demanda, fazem parte de um grupo de empresas de moedas digitais, sendo que a concessão da tutela com o arresto do valor pleiteado é medida que se impõe.”

Banco Brasil Plural encerrou contas

Os problemas do Grupo Bitcoin Banco começaram em maio. No dia 21, a controladora do grupo, a CLO Participações, anunciou no Twitter que o Banco Brasil Plural havia encerrado no dia anterior todas as contas do grupo. Por isso, estava limitando as operações das empresas a 5 bitcoins por cliente a cada 48 horas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Golpe de R$ 50 milhões

Dias depois, em 28 de maio, também em vídeo divulgado em sua rede social, o Bitcoin Banco informou que a empresa fora vítima de um golpe de uma quadrilha que teria desviado R$ 50 milhões de contas de clientes do grupo. E R$ 1,8 bilhão de reais teriam sido identificados como fraude dentro da plataforma, que inclui as empresas NegocieCoins, TemBTC, BATExchange e BitCurrency.

Segundo o “Canal Dinheiro”, o Bitcoin Banco estimulava operações entre as corretoras de moedas do grupo, o que favorecia especulações e aumentava os volumes negociados. A NegocieCoins tornou-se uma das maiores corretoras de Bitcoins do mundo com essas operações de arbitragem, segundo o site Coinmarketcap.

O site apresenta agora um aviso para quem entra na área da NegocieCoins afirmando que foi informado que a empresa havia suspendido resgates e recomenda cuidado para os investidores.

O Bitcoin Banco oferecia também em seu site aplicações em Bitcoins com rendimentos que iam de 3% após 90 dias a 6% após 180 dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Limite de saque de R$ 10 mil por cliente

Por esses motivos, o Bitcoin Banco limitou os resgates em suas empresas a 1 Bitcoin ou R$ 10 mil por cliente até que fosse feita a auditoria de todo o sistema e todos os usuários identificados. As contas com suspeita de irregularidades foram bloqueadas Já contas que receberam depósitos suspeitos serão bloqueadas para saques. Oliveira deu um prazo até 5 de junho, ou seja, hoje, para regularizar as contas.

Além disso, os clientes da BAT Exchange, que tem como símbolo uma imagem de morcedo, orientou seus clientes a transferir seus investimentos para a NegocieCoins ou TemBTC.

Em vídeo postado ontem, a empresa cita terem já sido pagos, desde o dia 20, R$ 50 milhões relativos a 4 mil saques. Foram analisados 3 milhões de registros e identificadas 20 mil transações suspeitas de fraude.

Mais de 100 mil clientes

Segundo a revista “Amanhã”, a Delegacia de Estelionato de Curitiba recebeu denúncia de que a quadrilha estaria fazendo saques duplicados, valendo-se de uma vulnerabilidade na plataforma de operações de compra e venda de criptomoedas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cerca de 30 nomes foram identificados e apresentados ao delegado Emanoel David, para abertura de inquérito.  Apenas um dos fraudadores conseguiu sacar R$ 2 milhões ilegalmente Os técnicos estão consultando toda a base de dados e movimentações feitas nos últimos três meses nas exchanges NegocieCoins, TemBTC e BATExchange, que somam mais de 100 mil clientes.

A empresa se comprometeu a reembolsar os clientes caso o valor dos Bitocoins suba no período de limitação de saques.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar