Esportes

Justiça desportiva bane jogador por envolvimento em escândalo de apostas

29 maio 2023, 19:29 - atualizado em 29 maio 2023, 19:29
Jogador
O jogador Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário e que atuava pelo Vila Nova (GO), não poderá mais jogar futebol profissional  (Imagem: Pixabay/Euphoria246)

Um jogador acusado de envolvimento no esquema de manipulação de jogos de futebol para beneficiar apostadores foi banido em definitivo do esporte, nesta segunda-feira, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na primeira punição decorrente do escândalo de apostas revelado por uma investigação do Ministério Público de Goiás.

O jogador Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário e que atuava pelo Vila Nova (GO), não poderá mais jogar futebol profissional sob acusação de tentar aliciar outros atletas a participar do esquema de manipulação de jogos. Além disso, o ex-jogador terá que pagar uma multa de 25 mil reais.

Gabriel Domingos, outro ex-jogador do clube goiano acusado de envolvimento no mesmo esquema, foi suspenso por 720 dias e condenado a pagar multa de 15 mil reais. As penas são passíveis de recursos.

Os dois jogadores, que deixaram o clube goiano após a revelação do esquema, são os primeiros atletas punidos na esfera desportiva por conta do esquema de manipulação. O esquema envolveria jogadores de outros times e Estados, de acordo com as investigações da operação Penalidade Máxima, do MP de Goiás.

Segundo as investigações, na última rodada da série B do ano passado, Romário teria combinado de fazer um pênalti na partida do Vila Nova contra o Sport. No entanto, como não foi relacionado para o jogo, tentou aliciar outros atletas.

“O que eu fiz foi bastante errado, mas não foi para atingir o futebol”, disse o atleta em depoimento virtual ao STJD.

O MP já realizou duas fases da operação Penalidade Máxima sendo que na primeira com um total de 15 jogadores denunciados, além de apostadores e membros da quadrilha.

De acordo com os investigadores, os supostos crimes ocorreram em pelo menos 13 partidas de futebol, incluindo oito disputadas no Campeonato Brasileiro de 2022. Jogadores de clubes como Santos, Juventude e Cuiabá estão entre os acusados.

Nos documentos de acusação, os promotores alegaram que uma quadrilha criminosa pagou jogadores para cometer infrações. O grupo então apostava nesses jogos e ganhava pagamentos quando as manipulações ocorriam.

O grupo oferecia até 500 mil reais como pagamento aos jogadores, alegam os promotores.

As apostas esportivas são legais no Brasil desde 2018, quando o país permitiu jogos de azar online. O setor explodiu desde então, e os anúncios de casas de apostas costumam ser proeminentes durante, antes e depois das partidas de futebol.

O governo brasileiro está atualmente preparando uma medida provisória para tributar e regulamentar o setor de apostas esportivas no país.

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