Bancos

Kashkari, do Fed, diz que progresso na cadeia de oferta é chave para evitar recessão

06 maio 2022, 14:36 - atualizado em 06 maio 2022, 14:36
Neel Kashkari
“Sabemos que temos que trazer a inflação de volta para 2%. Se o mercado de trabalho suavizar um pouco, isso não é muito um ‘trade-off'”, disse Kashkari (Imagem: REUTERS/Shannon Stapleton)

O Federal Reserve terá que aumentar os juros de forma mais agressiva e arriscar uma recessão se os problemas da cadeia de abastecimento não começarem a diminuir por conta própria, disse o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, nesta sexta-feira, quando também reiterou que os formuladores de política monetária estão observando atentamente até que ponto as taxas terão que subir acima do nível neutro.

“Sabemos que temos que trazer a inflação de volta para 2%. Se o mercado de trabalho suavizar um pouco, isso não é muito um ‘trade-off'”, disse Kashkari durante evento na Universidade de Minnesota, em Minneapolis.

“O desafio será se os problemas da cadeia de abastecimento não nos ajudarem, se eles não recuarem um pouco por conta própria… e tivermos que usar uma política monetária agressiva para reduzir a inflação, então isso pode levar a uma taxa de desemprego mais alta, que poderia levar a uma recessão.”

O banco central norte-americano elevou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual nesta semana, o maior aumento em 22 anos, e o chair do Fed, Jerome Powell, sinalizou que as autoridades estão prontas para aprovar ajustes de 0,50 ponto percentual nas reuniões de política monetária de junho e julho, conforme a instituição intensifica sua luta para reduzir a inflação crescente.

Mais cedo nesta sexta-feira, em uma publicação no Medium, Kashkari alertou que a guerra na Ucrânia e os lockdowns contra a Covid-19 na China provavelmente atrasarão qualquer normalização das cadeias de suprimentos.

Kashkari também repetiu que vê a taxa neutra, o nível em que os custos de empréstimos não estimulam nem restringem o crescimento econômico, em 2%, mas destacou que há uma ampla gama de estimativas –aproximadamente de 2% a 3%– entre seus colegas formuladores de política monetária.

“O consenso geral é que temos que pelo menos chegar ao neutro e moderadamente acima do neutro, provavelmente, ao longo deste ano até o início do próximo, mas, novamente, há uma série de estimativas sobre o que é o neutro”, disse Kashkari.

Sobre quanto mais o banco central terá que ficar acima do patamar neutro, o chefe do Fed de Minneapolis afirmou que “muitos de nós estão apenas esperando para ver como a economia evolui”.

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